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China aumenta compulsório para conter empréstimos
Depósito obrigatório nos bancos sobe 0,5 ponto
FABIANO MAISONNAVE
DE PEQUIM
Pela terceira vez no ano, o
Banco Popular da China elevou
o depósito compulsório bancário em 0,5 ponto percentual,
mesmo índice de janeiro e fevereiro. A medida entra em vigor
no dia 10 e visa enxugar o crédito, reduzir a pressão inflacionária, frear a economia e combater a especulação imobiliária.
O aumento inclui pequenas
instituições financeiras, que
passarão a depositar 14%, e
grandes instituições (17%). Ficaram de fora cooperativas rurais e bancos agrários.
O anúncio foi feito no domingo, véspera do feriado de ontem, quando foi comemorado o
Dia do Trabalho na China, para
que os mercados tivessem mais
tempo para absorver a notícia.
Em Hong Kong, onde não
houve feriado, a Bolsa caiu 1,4%
ontem. Outras Bolsas da Ásia
também foram afetadas, como
a da Coreia do Sul, que registrou queda de 1,2%.
Terceira economia do mundo e principal destino das exportações brasileiras, a China
vem tentando controlar a inflação, acumulada em 2,4% nos
últimos 12 meses até abril, ainda dentro da meta oficial de 3%
para este ano. Há preocupação
também quanto ao superaquecimento da economia, que surpreendeu ao crescer 11,9% no
primeiro trimestre.
Em declarações feitas logo
após o anúncio do Banco Popular, o vice-ministro da Fazenda,
Li Yong, deu a entender que o
aumento dos depósitos compulsórios não está ligado a uma
eventual apreciação do yuan,
considerado por muitos países,
principalmente os Estados
Unidos mas também o Brasil,
artificialmente desvalorizado.
"Continuaremos a melhorar
o mecanismo da taxa de câmbio
do yuan e também a manter a
sua estabilidade num nível
equilibrado e apropriado", afirmou Li. Ele disse ainda que o
combate à inflação é uma das
prioridades deste ano.
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