|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Com imóvel de até US$ 4 mi,
hotel em Miami mira brasileiro
Mercado em baixa nos EUA estimula empresário a buscar comprador no Brasil
AUDREY FURLANETO
DA SUCURSAL DO RIO
A investidora Lilian Casaes
não é fã de Miami, mas seu marido adora. Além disso, é um
"ambiente ótimo" para um dos
cavalos da família. Ter uma casa lá, no entanto, não compensa: "É preciso cuidar, pensar em
manutenção. Isso cansa".
Menos estressante seria ter
um ou dois apartamentos em
um hotel da cidade. Melhor
ainda: em um hotel de luxo. E,
pelo que Lilian chama de "pechincha" -algo como US$ 1 milhão-, o sonho da casa própria
sem estresse existe: o hotel W
South Beach, de Miami, mandou vendedores ao Rio na última quarta-feira para caçar possíveis interessados.
A proposta: compre um apartamento, usufrua da estrutura
do hotel e alugue a hóspedes
quando não estiver lá -a diária
do W varia de US$ 250 a US$
2.500. Das 400 unidades, 200
estão vendidas. As que restam
(custam de US$ 650 mil a US$ 4
milhões) foram apresentadas a
120 brasileiros em coquetel no
hotel Fasano do Rio.
O preço, avaliam os vendedores, reflete a qualidade dos serviços: "Seu apartamento não
será igual ao que seus amigos
têm na cidade. Você tem a melhor toalha, o melhor algodão,
pode ligar pedindo gelo à meia-noite", diz Frederico Chinelli,
da Sotheby's Rio, braço imobiliário da famosa casa de leilões
e que responde pelo W.
Além do serviço do hotel, há
obras de arte de Andy Warhol,
Christopher Wool e Richard
Serra pelos corredores, praia
privada (livre de paparazzi, o
que já atraiu Tom Cruise e Cameron Diaz), boate e uma filial
do Mr.Chow, badalado restaurante chinês.
"Pode custar US$ 1 milhão
que vale a pena. Aqui no Rio,
um apartamento de porteiro
sai R$ 750 mil", diz Lilian, vestida com casaco de couro Gucci
e levando no braço uma bolsa
Chanel. Por "apartamento de
porteiro", explica a investidora,
entenda-se: prédio sem garagem, na zona sul do Rio, e imóvel no primeiro andar.
Os vendedores viajantes começaram o tour promocional
do hotel no Brasil, para depois
ir à Rússia, China e Dubai. O
mercado imobiliário em baixa
nos EUA motiva os empresários a buscar compradores em
outros países.
Texto Anterior: Investimento: Eucatex vai construir sua 3ª fábrica em SP Próximo Texto: Sob influência da Petrobras, Bolsa de SP recua 0,6% Índice
|