São Paulo, terça-feira, 04 de junho de 2002

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OMC adia decisão sobre valor da retaliação do Brasil contra Canadá

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A decisão da OMC (Organização Mundial do Comércio) sobre o valor da retaliação comercial que o Brasil poderá aplicar contra as importações do Canadá foi adiada para o dia 24.
A OMC deveria ter apontado o valor final das retaliações ontem, mas um acordo entre negociadores do Brasil e do Canadá adiou a decisão. O Itamaraty concordou com o adiamento porque não houve tempo suficiente para as duas partes estudarem os relatórios finais dos processos.
O Brasil solicitou o direito de retaliar o Canadá em US$ 3,36 bilhões. O valor se refere à venda de 199 jatos da Bombardier para empresas espanholas e americanas com financiamento subsidiado pelo Canadá.
Apesar de os negócios subsidiados somarem US$ 3,9 bilhões, o Itamaraty não considerou os jatos que já haviam sido entregues pela Bombardier quando a OMC condenou os subsídios, em fevereiro.
O governo quer evitar que o Canadá solicite direitos retroativos e reabra o processo que permite aos canadenses retaliar o Brasil em US$ 1,4 bilhão em 2000.
O valor da retaliação canadense se refere aos aviões vendidos pela Embraer com ajuda do Proex, programa brasileiro de financiamento às exportações, também condenado pela OMC.

Guerra do aço
A OMC decidiu ontem constituir um "panel" (tribunal de arbitragem) para investigar a legalidade da sobretaxa imposta pelos EUA ao aço importado. A decisão deverá sair no final do ano.
A investigação atende a uma solicitação da União Européia, com o apoio do Japão, da Coréia do Sul e da China. O presidente dos EUA, George W. Bush, impôs as sobretaxas de até 30% em março passado, sob o argumento de que a siderurgia local sofre concorrência desleal.


Colaborou a Redação


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