São Paulo, segunda-feira, 04 de junho de 2007

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guilherme.barros@uol.com.br

Déficit zero entra no radar da economia, diz Giambiagi

A idéia defendida há cerca de dois anos pelo economista Delfim Netto de o país alcançar o déficit nominal zero -de a receita ser suficiente para também pagar as despesas com os juros da dívida pública- voltou a entrar no radar da economia e essa meta poder ser alcançada até o final desta década.
A afirmação é do economista Fábio Giambiagi, do Ipea e tido como um dos maiores críticos da política econômica do governo. Defensor incansável da reforma da Previdência como uma das alternativas para aliviar o déficit público, o economista acha que o déficit nominal zero pode ser alcançado se o país mantiver superávit primário em torno de 4% do PIB nos próximos anos.
De acordo com Giambiagi, se essa meta de superávit primário for mantida, com a queda dos juros e a diminuição gradual da relação dívida/PIB, a despesa com juros reduziria dos aproximadamente 6% do PIB previstos para este ano até 4% no final da década. Assim, a despesa com juros seria equivalente ao superávit primário.
O economista diz, no entanto, que esse seu cenário impõe como pré-condições a ausência de turbulências nos próximos anos, sejam externas ou internas. "Evidentemente que não podemos nos surpreender com nenhum esqueleto no meio do caminho", afirma.
A principal conseqüência do "déficit zero" é que o problema da dívida interna deixa de existir, a exemplo do que aconteceu com a dívida externa. "A minha geração conviveu a vida inteira com o problema da dívida externa, e esse problema foi superado, e, agora, podemos dar conta do segundo maior problema, que é a dívida interna", diz Giambiagi.
A proposta defendida por Delfim, em 2005, e que chegou a ser aprovada pelo presidente Lula, era de o "déficit zero" ser atingido num prazo de cinco anos. Na época, a proposta acabou rechaçada por pressões políticas de dentro e de fora do governo. O argumento foi que essa meta iria gerar um grande sacrifício social. O curioso é que, se os juros continuarem em queda e for mantido o superávit primário de 4% do PIB, a proposta de Delfim vai acabar sendo atingida e no prazo previsto por ele.

VITRINE

A H. Stern acaba de lançar estratégias para atrair o público jovem. A joalheira fará, pela primeira vez em sua história, uma promoção com descontos em todas as lojas que possui no Brasil. A idéia de atrair compradores jovens foi complementada com o lançamento de 35 peças da coleção UM, que traz jóias mais descontraídas e com preços mais acessíveis. O público de 20 a 35 anos representa hoje cerca de 30% dos clientes da marca. Segundo Victor Natenzon, vice-presidente da H. Stern, o objetivo é aumentar em 10% as vendas para os jovens.

GÁS
A britânica BG, líder em exploração, produção, transmissão e fornecimento de gás natural, acaba de lançar a segunda edição do BG Energy Challenge no Brasil. A competição esportiva para profissionais do segmento de energia ocorre anualmente em mais de seis países, como Cazaquistão, EUA e Trinidad e Tobago e já arrecadou R$ 10 milhões para entidades sociais. Em 2006, entre os participantes do evento estava o vice-presidente da BG para a América do Sul, Rick Waddell. As duas maiores pontuadoras de 2006 foram as equipes de colaboradores da BG Bolívia e Comgás (SP).

GRÃO
A Casa do Pão de Queijo passou a servir, a partir deste ano, o grão arábica, que já está nas lojas da rede.

LAREIRA
O shopping sazonal de inverno Market Plaza e o Boulervard Market Plaza, novo espaço de João Doria, abrirão as portas na quarta, em Campos do Jordão. O coquetel de inauguração terá menu dos alunos da Escola de Gastronomia do Senac. Entre as lojas presentes no empreendimento estão Lancôme, Bulgari e Miss Sixty.

ENÉRGICA
O Brasil tem potencial para aumentar a sua oferta de energia em até 8% ao ano, de acordo com dados da FNE (Federação Nacional dos Engenheiros). Documento elaborado pela entidade aponta que o país tem uma matriz energética excepcional, com alta participação de energia renovável, mais de 40%. Na OCDE essa participação é inferior a 10%.

Iguatemi terá novo espaço para criança

O shopping Iguatemi ganha, no dia 14, um novo espaço voltado para o público infantil. Criado pelos empresários Geraldo Pernet e Flávia Kujawski e pela arquiteta Verônica Wright, o Piks troca o conceito de "piscina de bolinhas" por uma oficina de gastronomia para as crianças. "A proposta é fazer lazer com conteúdo", afirma Kujawski.
Entre os espaços estão uma cozinha para as aulas e outra de faz-de-conta para brincadeira, "corners" de fantasias, de salão de beleza, de jogos eletrônicos e uma sala de cinema. Há uma loja de produtos para festas.


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