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Mercado Aberto
guilherme.barros@uol.com.br
Déficit zero entra no radar da economia, diz Giambiagi
A idéia defendida há cerca de
dois anos pelo economista Delfim Netto de o país alcançar o
déficit nominal zero -de a receita ser suficiente para também pagar as despesas com os
juros da dívida pública- voltou
a entrar no radar da economia e
essa meta poder ser alcançada
até o final desta década.
A afirmação é do economista
Fábio Giambiagi, do Ipea e tido
como um dos maiores críticos
da política econômica do governo. Defensor incansável da
reforma da Previdência como
uma das alternativas para aliviar o déficit público, o economista acha que o déficit nominal zero pode ser alcançado se o
país mantiver superávit primário em torno de 4% do PIB nos
próximos anos.
De acordo com Giambiagi, se
essa meta de superávit primário for mantida, com a queda
dos juros e a diminuição gradual da relação dívida/PIB, a
despesa com juros reduziria
dos aproximadamente 6% do
PIB previstos para este ano até
4% no final da década. Assim, a
despesa com juros seria equivalente ao superávit primário.
O economista diz, no entanto, que esse seu cenário impõe
como pré-condições a ausência
de turbulências nos próximos
anos, sejam externas ou internas. "Evidentemente que não
podemos nos surpreender com
nenhum esqueleto no meio do
caminho", afirma.
A principal conseqüência do
"déficit zero" é que o problema
da dívida interna deixa de existir, a exemplo do que aconteceu
com a dívida externa. "A minha
geração conviveu a vida inteira
com o problema da dívida externa, e esse problema foi superado, e, agora, podemos dar
conta do segundo maior problema, que é a dívida interna",
diz Giambiagi.
A proposta defendida por
Delfim, em 2005, e que chegou
a ser aprovada pelo presidente
Lula, era de o "déficit zero" ser
atingido num prazo de cinco
anos. Na época, a proposta acabou rechaçada por pressões políticas de dentro e de fora do governo. O argumento foi que essa meta iria gerar um grande
sacrifício social. O curioso é
que, se os juros continuarem
em queda e for mantido o superávit primário de 4% do PIB, a
proposta de Delfim vai acabar
sendo atingida e no prazo previsto por ele.
VITRINE
A H. Stern acaba de lançar estratégias para atrair o público jovem. A joalheira fará, pela primeira vez em sua história,
uma promoção com descontos em todas as lojas que possui
no Brasil. A idéia de atrair compradores jovens foi complementada com o lançamento de 35 peças da coleção UM, que
traz jóias mais descontraídas e com preços mais acessíveis.
O público de 20 a 35 anos representa hoje cerca de 30% dos
clientes da marca. Segundo Victor Natenzon, vice-presidente
da H. Stern, o objetivo é aumentar em 10% as vendas para os
jovens.
GÁS
A britânica BG, líder em
exploração, produção, transmissão e fornecimento de
gás natural, acaba de lançar a
segunda edição do BG
Energy Challenge no Brasil.
A competição esportiva para
profissionais do segmento de
energia ocorre anualmente
em mais de seis países, como
Cazaquistão, EUA e Trinidad
e Tobago e já arrecadou R$
10 milhões para entidades
sociais. Em 2006, entre os
participantes do evento estava o vice-presidente da BG
para a América do Sul, Rick
Waddell. As duas maiores
pontuadoras de 2006 foram
as equipes de colaboradores
da BG Bolívia e Comgás (SP).
GRÃO
A Casa do Pão de Queijo
passou a servir, a partir deste
ano, o grão arábica, que já está nas lojas da rede.
LAREIRA
O shopping sazonal de inverno Market Plaza e o Boulervard Market Plaza, novo
espaço de João Doria, abrirão as portas na quarta, em
Campos do Jordão. O coquetel de inauguração terá menu
dos alunos da Escola de Gastronomia do Senac. Entre as
lojas presentes no empreendimento estão Lancôme,
Bulgari e Miss Sixty.
ENÉRGICA
O Brasil tem potencial para aumentar a sua oferta de
energia em até 8% ao ano, de
acordo com dados da FNE
(Federação Nacional dos Engenheiros). Documento elaborado pela entidade aponta
que o país tem uma matriz
energética excepcional, com
alta participação de energia
renovável, mais de 40%. Na
OCDE essa participação é inferior a 10%.
Iguatemi terá novo espaço para criança
O shopping Iguatemi ganha, no dia 14, um novo espaço voltado para o público
infantil. Criado pelos empresários Geraldo Pernet e
Flávia Kujawski e pela arquiteta Verônica Wright, o
Piks troca o conceito de "piscina de bolinhas" por uma
oficina de gastronomia para
as crianças. "A proposta é fazer lazer com conteúdo",
afirma Kujawski.
Entre os espaços estão
uma cozinha para as aulas e
outra de faz-de-conta para
brincadeira, "corners" de
fantasias, de salão de beleza,
de jogos eletrônicos e uma
sala de cinema. Há uma loja
de produtos para festas.
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