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Mercado Aberto
GUILHERME BARROS - guilherme.barros@uol.com.br
BC não deve intensificar alta dos juros
O Copom deverá manter a
posição adotada até o momento, de discurso duro em relação
aos riscos de inflação, mas vai
optar por uma alta de 0,5 ponto
percentual na taxa básica de juros, segundo a aposta da grande
maioria dos analistas de mercado. A taxa deve subir dos atuais
11,75% para 12,25%.
Segundo relatório da diretoria de pesquisas e estudos econômicos do Bradesco, não é
justificável uma aceleração do
ritmo da alta de juros para 0,75
ponto percentual. A conclusão
é com base na comunicação do
próprio Banco Central.
"Na condução da política
monetária, a previsibilidade segue como um dos pontos fundamentais do regime de metas
de inflação, que é coordenada
pelos discursos de membros da
autoridade monetária e pelos
comunicados e atas das reuniões", diz o relatório.
De acordo com o economista
Octavio de Barros, que dirige a
área de pesquisas e estudos
econômicos do Bradesco, ainda
joga a favor o recente anúncio
do aumento informal do superávit primário em 0,5% do PIB,
para 4,3% em 2008.
Para ele, por mais que essa
política fiscal não possa ser
chamada de restritiva, pois o
aumento dos gastos públicos
continuará em taxas elevadas,
certamente é melhor comparada à situação anterior, quando a
meta para o superávit primário
era de 3,8% do PIB.
Segundo o economista, apesar de existirem novos eventos
que justificariam ajuste maior
do juro, não há motivos suficientes para isso, ainda que
possam ser identificados benefícios de um aumento do ritmo
de alta para 0,75 ponto.
Desta vez, no entanto, Octavio de Barros acha que, ao contrário da reunião anterior, o
Copom não deverá fornecer
nenhuma indicação sobre a
magnitude do ciclo total de
aperto de política monetária.
Na reunião anterior, em
abril, quando iniciou o processo de alta dos juros, o BC disse,
em comunicado, que esse atual
ciclo não seria tão longo.
análise
Investimento subirá 40%, diz consultoria
O grau de investimento
concedido pela Fitch deverá impulsionar em aproximadamente 40% os investimentos estrangeiros
diretos no Brasil, segundo
o diretor-geral da Alvarez
& Marsal no Brasil, Marcelo Gomes.
O diretor da consultoria
espera que a entrada de recursos atinja R$ 50 bilhões
neste ano- em 2007, foram R$ 35 bilhões.
O diretor diz, porém,
que é preciso ter cuidado
para evitar que a onda positiva vire maré de azar.
"O governo não pode
perder de vista o controle
da inflação. Neste momento, uma nova ampliação da Selic, por exemplo,
seria um tiro no pé. O Executivo precisa priorizar o
controle dos seus gastos
para que a movimentação
financeira possa fluir."
A TODA PROVA
O Grupo HDI, especializado em testes e certificações de softwares, fechou contratos de US$ 250 mil
com o banco privado colombiano Bancolombia e de
350 mil com a Caixa de Depósitos de Portugal para
testar sistemas das instituições. O grupo brasileiro tem
filiais e parceiros na América Latina e na Europa e começou a negociar com o Oriente Médio. "Estamos negociando para ter parceiros também em Israel e, provavelmente, vamos ampliar a presença no Oriente Médio", diz Marco César Bassi, presidente do grupo.
PATERNIDADE
Separado, pai de seis filhos e morando com todos eles,
Marcelo Abrão, dono da Y/MAN, marca de moda masculina, acaba de lançar uma marca infantil, a Y/CLUB, que
começa a ser vendida em 80 lojas multimarcas no país.
Abrão quer seguir o que considera tendência na moda e,
até o fim do ano, fechar parceria com um fundo ou investidor externo para expandir a marca. "É o caminho da moda, a parceria vem com exigências de governança e
profissionalização."
PUBLICIDADE
O ex-secretário-geral da
ONU Kofi Annan vem ao
Brasil em julho falar sobre
liberdade no "4º Congresso
Brasileiro de Publicidade",
em São Paulo. O último congresso foi há 30 anos, quando foi criado o Conar. Gilberto Leifert, presidente da entidade, deve reunir nomes
como Demétrio Magnoli,
Roberto DaMatta e outros.
BUMERANGUE
O australiano Chris Clarke, presidente da Nitro
Group, rede de agências global fundada em Xangai e
presente na Inglaterra, nos
EUA, no Japão, na Rússia e
na Austrália, desembarca no
Brasil amanhã para comemorar a joint venture entre
a agência Santa Clara e a Nitro Group. A agência passa a
se chamar SantaClaraNitro.
PORTA ABERTA
O presidente da Croácia,
Stjepan Mesic, disse ontem
para o seu colega Luiz Inácio
Lula da Silva que a meta do
governo croata é transformar seus portos em ponto
de entrada de produtos brasileiros no mercado centro-oriental da Europa. Mesic
calcula que se trata de uma
apetitosa massa de 250 milhões de pessoas. Prometeu
visitar logo o Brasil, levando
nutrida delegação empresarial.
com JOANA CUNHA e VERENA FORNETTI
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