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BCE eleva juros para o maior nível em 7 anos
DA REDAÇÃO
Como já era esperado, o
BCE (Banco Central Europeu) aumentou de 4% para
4,25% a taxa de juros dos 15
países da zona do euro, visando conter a inflação dos
alimentos e do petróleo na
região. Ela está agora no seu
nível mais alto em sete anos,
mas, em 2001, a entidade
passava por um período de
cortes nos juros -a última
vez que o BCE elevou a taxa
foi em junho do ano passado.
Nas últimas semanas, o
presidente do BCE, Jean-Claude Trichet, disse mais
de uma vez que era "possível" uma elevação da taxa.
No entanto, o banco central
sinalizou que a elevação de
ontem não é o início de um
ciclo de aumentos nos juros,
o que ajudou para o dia positivo nos mercados europeus
e para que o dólar se valorizasse em relação ao euro. "A
partir de agora, eu não tenho nenhuma tendência",
afirmou o dirigente após a
decisão de ontem.
Trichet disse ainda que o
BCE dará sinais antecipadamente sobre mudanças na
taxa de juros do bloco "se e
quando tivermos algo novo
para fornecer ao mercado,
certamente faremos isso,
como sempre fizemos no
passado. E certamente faremos de uma maneira clara,
que nos permita sermos tão
previsíveis no futuro como
fomos no passado".
De acordo com estimativa
divulgada no início da semana, a inflação nos países que
usam o euro como moeda
subiu 4% em junho na comparação com o mesmo mês
de 2007, atingindo o seu nível histórico mais alto e chegando ao dobro da meta oficial, que é de cerca de 2%.
Em maio, os preços na zona
do euro subiram 3,7%.
Nas últimas semanas, vários bancos centrais, como
os do Brasil, da Rússia e do
México, têm elevado as suas
taxas de juros, em uma tentativa de conter o aumento
da inflação. O Fed (Federal
Reserve, o banco central dos
Estados Unidos) interrompeu em junho o ciclo de sete
cortes consecutivos iniciado em setembro de 2007.
Sobre o crescimento do
bloco, Trichet falou que o
atual ritmo "não é agradável" e que o resultado do segundo trimestre deve ser inferior aos dos primeiros três
meses do ano, quando a economia da zona do euro se
expandiu quase 1%.
Segundo o principal dirigente do BCE, o resultado
do terceiro trimestre também não deverá ser "particularmente agradável".
Com agências internacionais
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