São Paulo, sexta-feira, 04 de julho de 2008

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Landim nega interferência no caso Varig

JANAINA LAGE
DA SUCURSAL DO RIO

O ex-presidente da BR Distribuidora Rodolfo Landim negou ontem qualquer tipo de interferência do governo durante o processo de recuperação da Varig. Em entrevista à Folha, a ex-diretora da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) Denise Abreu havia relacionado a saída dele com a existência de pressões da Casa Civil.
Em nota, Landim afirmou que sua saída da BR não teve relação com qualquer tipo de problema com superiores e foi motivada pela decisão de buscar desafios profissionais na iniciativa privada.
Segundo Landim, o Conselho de Administração da BR, presidido na época pela ministra Dilma Rousseff, nunca fez críticas à posição adotada pela administração da companhia na sua relação comercial com a Varig. "Sendo conhecedor da difícil situação financeira que a Varig atravessava, o Conselho sempre cobrou da diretoria da BR uma posição firme, austera e voltada para a redução da exposição de crédito da companhia." Acrescentou ainda que ele e a ministra Dilma receberam críticas publicadas nos jornais na época por defender essa atitude nas mais diversas esferas do governo. Em relação às dívidas da Varig, Landim diz que o montante ultrapassava R$ 200 milhões quando ele assumiu o comando da distribuidora.
"Tal dívida teve uma significativa redução graças à negociação de um contrato de fornecimento de combustível atrelado ao pagamento da dívida, tendo como garantia recebíveis de cartão de crédito de propriedade da Varig."


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