São Paulo, quarta-feira, 04 de agosto de 2004

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PAINEL S.A.

Em ritmo acelerado...
Após três anos consecutivos de queda, o consumo de combustível no Brasil aumentou 3% no 1º semestre, em relação ao mesmo período de 2003, reflexo do crescimento da economia. A previsão da Petrobras era um ganho no consumo de 2,4%.

...após o declínio
Em 2000, o país consumia 1,806 milhão de barris de petróleo por dia. Em 2001, esse número caiu para 1,802 milhão, e, em 2002, para 1,763 milhão. No ano passado, o consumo diário recuou à casa de 1,700 milhão de barris.

Previsão
No primeiro semestre deste ano, o consumo diário foi de 1,750 milhão de barris. A previsão da Petrobras é um crescimento de 2% desse total no segundo semestre, o que poria o consumo nacional novamente na casa de 1,8 milhão de barris por dia.

Em alta
A indústria de máquinas e equipamentos, que absorve mão-de-obra qualificada e com baixa rotatividade, ganhou 20 mil vagas, segundo a Abimaq. Em 30 de junho, o setor empregava 199.402 trabalhadores, contra 179.463 no final de maio. Os números representam uma expansão de 11,1%.

Fortunas
A Mellon Wealth Management-Brasil, que gerencia fortunas, teve um crescimento de 35% no primeiro semestre e já conta com um patrimônio de R$ 700 milhões.

Mercado das arábias
As exportações brasileiras para 8 dos 22 países da Liga Árabe cresceram mais de 100% de janeiro a julho deste ano, em relação ao mesmo período de 2003, segundo a Câmara de Comércio Árabe Brasileira. As vendas passaram de US$ 295 milhões para US$ 740 milhões.

Assuntos hídricos
A Aesbe (associação de empresas estaduais) diz que o anteprojeto de lei da política nacional de saneamento, que propõe a municipalização do saneamento básico, é elitista porque deixa de lado cidades carentes que precisam do aporte estadual. A população pode opinar a respeito no site da Casa Civil.

Tecnologia digital
O mercado de TV digital deverá movimentar no país US$ 10 bilhões de investimentos dos fabricantes nos próximos dez anos, com um crescimento projetado de 10% a 12% ao ano, a partir de 2005. Dados do setor serão apresentados amanhã, em um workshop na Escola Politécnica da USP.

Caça-talentos
A diretoria da AmBev, liderada por Carlos Brito, iniciou um tour pelas principais universidades do país com o objetivo de atrair candidatos para o programa de trainee da companhia. Das 500 pessoas que já passaram pelo treinamento da empresa, seis tornaram-se diretores, 60% são gerentes e o restante tem cargo sênior.

Encontro
O 5º Encontro de Negócios de Energia, que será realizado pela Fiesp na próxima semana, porá na mesa as diferentes análises do decreto presidencial que regulamenta as regras de comercialização do setor do país. Participarão do evento representantes do governo, vendedores, compradores e consumidores.

E-mail -
guilherme.barros@uol.com.br

ANÁLISE

Oportunidade

O Brasil vive o desafio de transformar a boa fase da balança comercial em um esforço de formação de reservas internacionais que possa reduzir ainda mais a vulnerabilidade externa, diz o diretor do HSBC Luis Eduardo Assis.
O desempenho comercial mais do que compensou a queda dos investimentos diretos nos últimos anos -em 2000, foram US$ 30,5 bilhões, e, em 2004, devem ser US$ 10 bilhões.
Já a diferença entre exportações e importações saltou, neste mesmo período, de um déficit de US$ 750 milhões para estimados US$ 30 bilhões.
Assis diz que a inversão da importância relativa do saldo comercial em relação aos investimentos diretos é favorável, pois confere mais previsibilidade ao balanço de pagamentos.
O desafio é transformar essa boa fase em um colchão de reservas, diz.

NO MERCADO

Depois da expressiva valorização da semana passada, quando subiu 15,7%, a ação ordinária da Brasil Telecom Participações foi alvo de realização de lucros. No pregão da Bolsa de ontem, o papel da empresa fechou com perdas de 4,3%.

FRASE

A atual balança comercial cria oportunidades que não se devem desperdiçar


Luis Eduardo Assis, HSBC

NÚMEROS

17%
Foi a alta nas exportações de calçados de janeiro a julho sobre igual período de 2003, diz a Abicalçados.

0,66%
Foi a alta no preço dos aluguéis residenciais em junho em São Paulo, diz pesquisa da Hubert.


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