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MERCADO ABERTO
Nível de risco aumenta em dois anos
O risco sofrido pelas empresas aumentou nos últimos dois
anos. Questões de ordem regulatória e "compliance" -área
encarregada de garantir o cumprimento de normas exigidas
pelo sistema financeiro- estão
diretamente ligadas a essa alta,
ocupando os primeiros lugares
na lista de riscos a que as companhias estão submetidas.
As informações fazem parte
de pesquisa realizada pela
Ernst & Young com 150 membros de conselhos de administração de empresas globais. De
acordo com o estudo, o grupo
que acredita no aumento do nível de risco chega a 72%.
Sergio Citeroni, sócio de auditoria da Ernst & Young, afirma que questões de risco regulatório estão sempre presentes
em qualquer tipo de pesquisa
sobre o mundo empresarial. "O
risco, inclusive, quando materializado, se transforma em
prejuízo", diz. Por este motivo é
tão preocupante para as corporações.
Para Citeroni, a questão do
nível de risco tem mais a ver
com a própria estrutura das
corporações do que com os órgãos reguladores ou governamentais.
"É um assunto gerado "de
dentro pra fora", tem a ver com
a empresa estar ou não bem
preparada, se ela consegue
aproveitar a estrutura que tem
e atender à regulamentação",
afirma Citeroni.
Segundo o estudo, principalmente para os pesquisados do
continente americano (82%),
há esse "aproveitamento" da
estrutura das empresas, com
riscos bem gerenciados e informações confiáveis da administração. Já na Europa, a porcentagem cai para 32%.
Para Citeroni, os índices
mostram que o grau de ceticismo é muito mais forte no mercado europeu. "A tendência do
brasileiro é muito similar à do
americano, de confiar mais,
aceitar mais a informação, ser
pouco questionador", diz.
Como conclusão, a pesquisa
traz duas premissas. Uma delas
diz que, para ter sucesso, as empresas precisam ser altamente
eficientes ao lidar com questões relativas a "compliance" e
a risco de performances.
A segunda diz que as empresas precisam dar seus próprios
passos para encaminhar os riscos de maneira mais eficiente.
Segundo o texto final do estudo, "é preciso alcançar uma
perspectiva holística".
OVO DE OURO
Londres já tem a solução para o cozimento de ovos; trata-se do
"Lion Quality Egg", que traz uma tinta térmica na casca e, de
acordo com a consistência, mostra as palavras "mole" ou "duro"
INTERCÂMBIO NA MESA
O chef de um dos restaurantes franceses que mais recebem brasileiros em Paris, Jean-François Piège, deu início,
ontem, a um festival gastronômico no restaurante Eau, do
Grand Hyatt São Paulo, ao lado do chef da casa, Pascal Valero. Desde o início de 2004 à frente do parisiense Les Ambassadeurs, do Hôtel de Crillon, que é cotado com duas estrelas
pelo Guia Michelin, Piège afirma que a vinda ao Brasil é
muito importante para levar mais clientes brasileiros a sua
mesa. Depois de já ter passado por festivais na Itália, na Espanha, na Alemanha e no Japão, ele diz que passou a ser
mais procurado por clientes desses países e que, por isso,
tem planos de continuar viajando com seus pratos.
VIP
O grupo Votorantim acaba de receber a classificação
"BBB-" da agência de risco
Fitch. Com a graduação -a
mesma dada pela Standard
& Poor's-, o grupo ratifica
sua participação no time de
empresas brasileiras a conquistar o "investment grade". A classificação tem como vantagens atrair um número maior de investidores
e o custo para captar recursos fica mais baixo. O resultado da graduação pode ser
confirmado pelo consórcio
que acaba de ser fechado
com os bancos ABN Amro,
BBVA, BNP Paribas, Santander e Citibank para uma
empréstimo sindicalizado
no mercado bancário internacional. A transação foi finalizada em julho de 2006,
no valor de US$ 1,2 bilhão e
tem "spread" médio de
0,49% ao ano acima da taxa
de referência (LIBOR) para
um prazo médio de 4,4 anos.
BC COOPERATIVO
O Banco Central inicia esta semana um diagnóstico
minucioso da gestão de cooperativas de crédito, segmento que apresenta crescimento incentivado por atualizações normativas. Nos últimos dez anos, o número de
cooperativas de crédito no
Brasil saltou de 980 para
mais de 1.400. A participação delas no total de operações do Sistema Financeiro
Nacional mais que triplicou,
subiu de 0,7%, em 1997, para
2,5%, em 2005. O levantamento resultará em diretrizes para a expansão do segmento. O projeto "Diretrizes
e Mecanismos para o Fortalecimento da Governança
em Cooperativas de Crédito" será concluído em dois
anos. Nele, serão avaliadas
as boas práticas de gestão no
Brasil e no mundo, além dos
modelos administrativos
adotados por cooperativas
nacionais.
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