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CONJUNTURA
Empresas de telefonia começam a retomar encomendas; fabricantes de telas para TVs investem em Manaus
Setor eletroeletrônico começa a respirar
ADRIANA MATTOS
DA REPORTAGEM LOCAL
Empresas que investem no país
já respiram, entre um tropeço e
outro. Após a seca de dólares e a
retração na demanda interna,
grupos rediscutem o descongelamento de investimentos e debatem novas investidas.
O movimento é detectado em
alguns setores. Na área de telefonia, há empresas que começam a
respirar melhor. Como a Portugal
Telecom (PT) decidiu estudar a
possibilidade de entrar no sistema
GSM -tecnologia que garante
um "roaming" (conexão que permite a um usuário usar seu aparelho em diversas regiões do país)
de alta qualidade- os fabricantes
de equipamentos mantém conversas com a companhia para tentar fechar novas vendas à empresa. A PT controla a Telesp Celular.
Pelo menos dois fabricantes
apresentaram propostas à empresa, segundo a Folha apurou. Além
da PT, os novos passos da TIM
(Telecom Italia Mobile), operadora da área de telefonia celular, reaquecem o setor. Com a venda dos
papéis da companhia (que pertenciam à Telecom Italia) para o
Opportunity e fundos de pensão,
a TIM está livre para retomar suas
negociações no país para a implantação do GSM. Em agosto a
empresa informou estar "redimensionando suas despesas na
implantação da nova rede".
Agora, com essa movimentação, a cadeia do setor volta a se
mexer. A Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) impedia o início das atividades da TIM
porque a Telecom Italia era controladora da Brasil Telecom, que
não antecipou metas estabelecidas para 2003.
Os bons ventos chegam em hora apropriada. O índice de ociosidade na cadeia atingiu, em média,
62% em junho, segundo a Abinee,
que representa fabricantes do setor como Nokia e Motorola.
Mais exemplos
No setor eletroeletrônico, outro
castigado pela crise de investimentos, retração na demanda e
alta do dólar, recursos estão sendo liberados aos poucos. A Gradiente Áudio e Vídeo, por exemplo, solicitou aval à Suframa (Superintendência da Zona Franca
de Manaus) para a produção de
TV com tela de plasma e com tela
de cristal líquido. O pedido foi liberado neste semestre pelo CAS,
o conselho da Suframa.
A Philips também apresentou
projeto para produzir monitores
com tela de plasma na Zona Franca de Manaus. Quando precisam
investir, as empresas têm de comunicar à Suframa por causa da
política de incentivo fiscal local.
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