São Paulo, quarta-feira, 04 de setembro de 2002

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CONJUNTURA

Empresas de telefonia começam a retomar encomendas; fabricantes de telas para TVs investem em Manaus

Setor eletroeletrônico começa a respirar

ADRIANA MATTOS
DA REPORTAGEM LOCAL

Empresas que investem no país já respiram, entre um tropeço e outro. Após a seca de dólares e a retração na demanda interna, grupos rediscutem o descongelamento de investimentos e debatem novas investidas.
O movimento é detectado em alguns setores. Na área de telefonia, há empresas que começam a respirar melhor. Como a Portugal Telecom (PT) decidiu estudar a possibilidade de entrar no sistema GSM -tecnologia que garante um "roaming" (conexão que permite a um usuário usar seu aparelho em diversas regiões do país) de alta qualidade- os fabricantes de equipamentos mantém conversas com a companhia para tentar fechar novas vendas à empresa. A PT controla a Telesp Celular.
Pelo menos dois fabricantes apresentaram propostas à empresa, segundo a Folha apurou. Além da PT, os novos passos da TIM (Telecom Italia Mobile), operadora da área de telefonia celular, reaquecem o setor. Com a venda dos papéis da companhia (que pertenciam à Telecom Italia) para o Opportunity e fundos de pensão, a TIM está livre para retomar suas negociações no país para a implantação do GSM. Em agosto a empresa informou estar "redimensionando suas despesas na implantação da nova rede".
Agora, com essa movimentação, a cadeia do setor volta a se mexer. A Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) impedia o início das atividades da TIM porque a Telecom Italia era controladora da Brasil Telecom, que não antecipou metas estabelecidas para 2003.
Os bons ventos chegam em hora apropriada. O índice de ociosidade na cadeia atingiu, em média, 62% em junho, segundo a Abinee, que representa fabricantes do setor como Nokia e Motorola.

Mais exemplos
No setor eletroeletrônico, outro castigado pela crise de investimentos, retração na demanda e alta do dólar, recursos estão sendo liberados aos poucos. A Gradiente Áudio e Vídeo, por exemplo, solicitou aval à Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus) para a produção de TV com tela de plasma e com tela de cristal líquido. O pedido foi liberado neste semestre pelo CAS, o conselho da Suframa.
A Philips também apresentou projeto para produzir monitores com tela de plasma na Zona Franca de Manaus. Quando precisam investir, as empresas têm de comunicar à Suframa por causa da política de incentivo fiscal local.


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