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Bolsa de SP registra 11ª alta em 12 pregões
Bovespa acumula valorização de 14,2% desde a pontuação mínima durante o atual período de turbulência, em 16 de agosto
Mercado tem poucos negócios em dia de feriado nos EUA, e Bolsa avança
0,36%; dólar recua 0,46% e fecha a R$ 1,955
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
Sem a referência da principal
praça financeira do mundo, devido ao feriado do Dia do Trabalho nos Estados Unidos, a
Bolsa de Valores de São Paulo
teve um dia de fraca movimentação. Mas conseguiu subir ontem, 0,36% -sua 11ª alta nos últimos 12 pregões.
Desde 16 de agosto, quando
atingiu sua pontuação mínima
nesse período turbulento, a Bovespa registra valorização acumulada de 14,2%. Considerando o desempenho da Bolsa desde o começo da crise, na última
semana de julho, ainda tem baixa de 5,5%.
Ontem foram movimentados
na Bolsa, entre operações de
compra e venda de ações, apenas R$ 2 bilhões. A média diária
do giro dos pregões em 2007 é
de R$ 4,3 bilhões.
Além do esvaziamento do
mercado ontem, a Bovespa estará fechada na sexta-feira, Dia
da Independência.
Os mercados europeus também refletiram a ausência dos
negócios nos EUA. As Bolsas da
região tiveram oscilações brandas: alta de 0,19% em Londres e
de 0,14% em Frankfurt. Em Paris, a Bolsa caiu 0,20%.
No mercado de câmbio brasileiro, o dólar começou o mês
com queda de 0,46% diante do
real, vendido a R$ 1,955. Em
agosto, a moeda norte-americana se valorizou em 4,3%.
A movimentação no câmbio
também caiu fortemente. Ontem, na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), o segmento de dólar "pronto" movimentou US$ 169 milhões, contra
US$ 727 milhões do pregão de
sexta-feira.
Apesar da falta de ânimo, o
mercado trabalhou em rota positiva durante praticamente todo o dia. A Bovespa apenas operou em baixa durante 30 minutos pela manhã, quando recuou
0,22%. Mas logo retomou a recuperação, marcando alta de
0,66% na máxima do dia.
Desde a última semana de julho, os mercados mundiais sofrem com as incertezas em relação à abrangência da crise iniciada no setor de hipotecas de
alto risco de calote nos EUA.
Temerosos de que essa crise
inicialmente localizada contaminasse o desempenho de bancos e fundos, investidores passaram a se desfazer de ações e
títulos da dívida de emergentes
pelo mundo.
O Brasil foi um dos que mais
sofreram nessas últimas semanas. No caso da Bovespa, o fato
de cerca de 35% de suas operações estarem nas mãos de estrangeiros tem pesado.
Até o dia 29, o saldo mensal
dos negócios com ações realizados pelos estrangeiros na Bolsa
paulista estava negativo em R$
1,28 bilhão.
O retorno, nos últimos dias,
de parte do capital que havia
deixado a Bovespa desde julho
tem ajudado o mercado acionário doméstico a se recuperar.
Ontem, as ações de Lojas
Americanas, Duratex e Gafisa,
que passaram a fazer parte da
nova carteira teórica do índice
Ibovespa, terminaram com valorização. Entre essas, a ação
preferencial das Lojas Americanas foi a que mais subiu
-4,12%. A ação PN da Duratex
teve alta de 3,49%, e a ON da
Gafisa ganhou 1,68%.
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