São Paulo, terça-feira, 04 de setembro de 2007

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Bolsa de SP registra 11ª alta em 12 pregões

Bovespa acumula valorização de 14,2% desde a pontuação mínima durante o atual período de turbulência, em 16 de agosto

Mercado tem poucos negócios em dia de feriado nos EUA, e Bolsa avança 0,36%; dólar recua 0,46% e fecha a R$ 1,955

FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

Sem a referência da principal praça financeira do mundo, devido ao feriado do Dia do Trabalho nos Estados Unidos, a Bolsa de Valores de São Paulo teve um dia de fraca movimentação. Mas conseguiu subir ontem, 0,36% -sua 11ª alta nos últimos 12 pregões.
Desde 16 de agosto, quando atingiu sua pontuação mínima nesse período turbulento, a Bovespa registra valorização acumulada de 14,2%. Considerando o desempenho da Bolsa desde o começo da crise, na última semana de julho, ainda tem baixa de 5,5%.
Ontem foram movimentados na Bolsa, entre operações de compra e venda de ações, apenas R$ 2 bilhões. A média diária do giro dos pregões em 2007 é de R$ 4,3 bilhões.
Além do esvaziamento do mercado ontem, a Bovespa estará fechada na sexta-feira, Dia da Independência.
Os mercados europeus também refletiram a ausência dos negócios nos EUA. As Bolsas da região tiveram oscilações brandas: alta de 0,19% em Londres e de 0,14% em Frankfurt. Em Paris, a Bolsa caiu 0,20%.
No mercado de câmbio brasileiro, o dólar começou o mês com queda de 0,46% diante do real, vendido a R$ 1,955. Em agosto, a moeda norte-americana se valorizou em 4,3%.
A movimentação no câmbio também caiu fortemente. Ontem, na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), o segmento de dólar "pronto" movimentou US$ 169 milhões, contra US$ 727 milhões do pregão de sexta-feira.
Apesar da falta de ânimo, o mercado trabalhou em rota positiva durante praticamente todo o dia. A Bovespa apenas operou em baixa durante 30 minutos pela manhã, quando recuou 0,22%. Mas logo retomou a recuperação, marcando alta de 0,66% na máxima do dia.
Desde a última semana de julho, os mercados mundiais sofrem com as incertezas em relação à abrangência da crise iniciada no setor de hipotecas de alto risco de calote nos EUA. Temerosos de que essa crise inicialmente localizada contaminasse o desempenho de bancos e fundos, investidores passaram a se desfazer de ações e títulos da dívida de emergentes pelo mundo.
O Brasil foi um dos que mais sofreram nessas últimas semanas. No caso da Bovespa, o fato de cerca de 35% de suas operações estarem nas mãos de estrangeiros tem pesado.
Até o dia 29, o saldo mensal dos negócios com ações realizados pelos estrangeiros na Bolsa paulista estava negativo em R$ 1,28 bilhão.
O retorno, nos últimos dias, de parte do capital que havia deixado a Bovespa desde julho tem ajudado o mercado acionário doméstico a se recuperar.
Ontem, as ações de Lojas Americanas, Duratex e Gafisa, que passaram a fazer parte da nova carteira teórica do índice Ibovespa, terminaram com valorização. Entre essas, a ação preferencial das Lojas Americanas foi a que mais subiu -4,12%. A ação PN da Duratex teve alta de 3,49%, e a ON da Gafisa ganhou 1,68%.


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