São Paulo, sexta-feira, 04 de setembro de 2009

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Fraga vê risco de questionamento da operação

SAMANTHA LIMA
DA SUCURSAL DO RIO

O sócio da Gávea Arsenal Investimentos, Armínio Fraga, vê risco de a operação de capitalização da Petrobras ser questionada devido à existência de conflito de interesses.
"É claro que surgirá questionamento. O governo é acionista e, ao mesmo tempo, tem muitas outras funções nesse enorme mundo do petróleo, e está negociando com sua controlada."
Segundo Fraga, porém, tudo deverá ser resolvido de forma a respeitar os acionistas.
Ele afirma que o modelo regulatório do setor de petróleo não deveria ter mudado. "O modelo anterior funcionava, aumentou a concorrência no setor e garantia receita alta para o governo. Mas, se for mudado, que seja debatido para se chegar a um modelo que melhore a indústria", diz.
O ex-presidente da CVM e sócio do escritório Motta, Fernandes e Rocha Advogados, Luiz Cantidiano, afirma que não vê riscos de a operação ser questionada por supostamente prejudicar sócios minoritários.
Ele foi contratado pela Petrobras para assessorá-la na formatação da operação de emissão de ações, que ainda não tem data para ocorrer.
"A lei não exige que, nessa questão, o tratamento seja igual. Apenas que seja aprovado em assembleia de acionistas. A União só não poderia usar um bem que não tem relação com o negócio, como um imóvel", afirmou o advogado.


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