|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Fraga vê risco de questionamento da operação
SAMANTHA LIMA
DA SUCURSAL DO RIO
O sócio da Gávea Arsenal Investimentos, Armínio Fraga, vê
risco de a operação de capitalização da Petrobras ser questionada devido à existência de
conflito de interesses.
"É claro que surgirá questionamento. O governo é acionista
e, ao mesmo tempo, tem muitas
outras funções nesse enorme
mundo do petróleo, e está negociando com sua controlada."
Segundo Fraga, porém, tudo
deverá ser resolvido de forma a
respeitar os acionistas.
Ele afirma que o modelo regulatório do setor de petróleo
não deveria ter mudado. "O
modelo anterior funcionava,
aumentou a concorrência no
setor e garantia receita alta para o governo. Mas, se for mudado, que seja debatido para se
chegar a um modelo que melhore a indústria", diz.
O ex-presidente da CVM e
sócio do escritório Motta, Fernandes e Rocha Advogados,
Luiz Cantidiano, afirma que
não vê riscos de a operação ser
questionada por supostamente
prejudicar sócios minoritários.
Ele foi contratado pela Petrobras para assessorá-la na
formatação da operação de
emissão de ações, que ainda
não tem data para ocorrer.
"A lei não exige que, nessa
questão, o tratamento seja
igual. Apenas que seja aprovado em assembleia de acionistas.
A União só não poderia usar um
bem que não tem relação com o
negócio, como um imóvel",
afirmou o advogado.
Texto Anterior: Previ poderá ficar fora de capitalização Próximo Texto: Vinicius Torres Freire: "Cúpula termina em fracasso" Índice
|