|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
TRABALHO
Presidente da central diz que um acordo ficou mais fácil; CUT rejeita idéia de negociar com a proposta de 10%
Força Sindical já fala em adiar greve geral
RICARDO GRINBAUM
DA REPORTAGEM LOCAL
O presidente da Força Sindical,
Paulo Pereira da Silva, acha que ficou mais fácil fechar um acordo e
evitar a greve conjunta com a
CUT marcada para o dia 7, uma
vez que os sindicatos patronais
aumentaram suas propostas de
reajuste salarial.
"É melhor uma boa negociação
do que uma boa briga", disse Paulinho, num tom conciliador, bem
diferente do discurso que fez na
terça-feira, quando trocou acusações com o presidente da Fiesp,
Horácio Piva.
A greve conjunta da Força Sindical e da CUT estava sendo tratada como uma demonstração de
poder dos sindicatos, com uma
promessa de mobilização de dois
milhões de trabalhadores, principalmente metalúrgicos, bancários
e petroleiros do Estado de São
Paulo.
Paulinho acha que a possibilidade de greve ficou mais distante
porque, segundo ele, os patrões
estão aumentando as propostas
salariais acima dos 5% de reajuste
anunciados anteriormente.
O presidente da Força Sindical
defendeu que os trabalhadores
aceitem reajuste salarial de 10%, a
metade do que estava sendo cobrada nas mesas de negociações
pelas centrais sindicais.
"Não vamos fazer greve por greve. Sabemos que 20% é muito e
não vamos conseguir. O que queremos é conseguir alguma coisa
acima da inflação e 10% seria um
bom acordo", disse ele.
Paulinho defendeu o adiamento
da greve do dia 7 para o dia 8, A
intenção é ganhar mais tempo para negociar com os sindicatos patronais.
Além disso, ele quer adiar a greve porque no dia 7 os líderes sindicais não poderiam participar da
mobilização, porque têm reunião
marcada em Brasília para tratar
do FGTS.
O presidente da CUT, João Felício, não concordou com as propostas de Paulinho. Para os 16 sindicatos de metalúrgicos da CUT,
diz Felício, a greve será mantida
para o dia 7 e só será cancelada se
os patrões aumentarem muito
sua proposta de reajuste salarial.
"Eles (os sindicatos da Força
Sindical) podem entrar em greve
no dia 8. Vamos para a greve com
quem estiver a fim", disse Felício.
O presidente da CUT também
não concordou com a proposta
de Paulinho de aceitar reajustes
de salário de 10%, ao contrário
dos 20% pedidos pelas centrais.
"Nós, da CUT, nunca vamos
pedir 20% e dizer que 10% está
bom antes de encerrar a campanha e as negociações", comentou
João Felício.
Texto Anterior: Angra 2 volta a funcionar Próximo Texto: Privatização: BC abre licitação para avaliação de bancos do Ceará, Amazonas e Goiás Índice
|