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REAÇÃO
Ações de empresas farmacêuticas, petrolíferas e bélicas são as que mais sobem; petróleo e câmbio, porém, têm reflexo negativo
Reeleição de Bush anima Bolsas nos EUA
DA REDAÇÃO
As Bolsas americanas reagiram
bem à vitória do atual presidente
dos EUA, George W. Bush, nas
eleições do país. O petróleo, por
outro lado, voltou a fechar acima
de US$ 50, em razão da tendência
de manutenção da política externa sobre o Oriente Médio.
Nas principais Bolsas dos Estados Unidos, os destaques foram
as ações das empresas de setores
beneficiados pelas políticas republicanas, como o farmacêutico, o
bélico e o petrolífero.
A forte reação positiva levou as
Bolsas a bater novos recordes durante o pregão de ontem. O S&P
500 atingiu o mais alto patamar
desde abril; a Nasdaq, desde julho
e o Dow Jones, o mais alto desde
março deste ano.
O Dow Jones Industrial, principal índice norte-americano, encerrou em alta de 1,01%, aos
10.137 pontos. O Standard and
Poor's 500 subiu 2,8%. A Bolsa de
empresas de tecnologia Nasdaq
teve alta de 0,98%.
Setores
A alta das ações das empresas de
defesa, farmacêuticas e petrolíferas podem indicar a continuidade
de políticas favoráveis pelo atual
presidente a esses setores. As
ações da farmacêutica Pfizer subiram mais de 2,6%, no Standard &
Poor's 500. A Boeing, fabricante
de jatos comerciais e militares, viu
suas ações subirem também
2,6%, aos US$ 51,15, no Dow Jones.
Entre as empresas petrolíferas,
o destaque foi a ação da Exxon
Mobil, que subiu 1,6%, cotada a
US$ 49,21. A expectativa de analistas do setor é que a atual administração seja mais complacente
com as demandas das grandes
empresas.
Petróleo
O preço do petróleo e o dólar foram os que mais sofreram com a
vitória do presidente Bush. Apesar da divulgação de melhora nos
estoques americanos de petróleo,
os valores internacionais do produto subiram influenciados pela
vitória do candidato republicano.
Os preços do produto vendido
na Bolsa Mercantil de Nova York
(Nymex) fecharam ontem em
US$ 50,88, novamente acima dos
US$ 50. Em Londres, o barril do
tipo Brent encerrou cotado a US$
47,56 -US$ 1,10 acima do fechamento do dia anterior.
Segundo analistas, a eleição deve significar a manutenção dos
problemas em países produtores
como os do Oriente Médio. Uma
segunda administração George
W. Bush continuaria a não usar as
reservas estratégicas para reduzir
os preços do petróleo.
"A vitória de Bush será ótima
para manter altos os preços do petróleo. Não apenas pela manutenção das reservas estratégicas mas
também pelo seu possível crescimento", disse Phil Flynn, um analista da corretora Alaron Trading.
A pressão sobre países produtores incluídos no chamado "Eixo
do Mal" também assustam. O caso mais preocupante é o do Irã,
segundo maior produtor da Opep
(Organização dos Países Exportadores de Petróleo).
O câmbio voltou a cair ontem
devido aos temores do mercado
sobre os desequilíbrios financeiros dos Estados Unidos.
O euro se valorizou mais uma
vez em relação ao dólar. A moeda
européia encerrou cotada a US$
1,28, contra os US$ 1,27 do fechamento do dia anterior.
Para analistas, a moeda americana, apesar de se livrar das incertezas que cercavam as eleições,
ainda terá de enfrentar problemas
como os pesados déficits fiscal e
comercial.
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