São Paulo, sábado, 04 de novembro de 2006

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Gerdau paga US$ 104 mi por siderúrgica americana

Negócio é o 3º fechado nos EUA pela empresa neste ano

LÉO GERCHMANN
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE

A Gerdau confirmou ontem a compra de mais uma siderúrgica nos Estados Unidos, em uma transação de US$ 104 milhões, à vista. É o terceiro negócio fechado pela Gerdau no país em 2006. Antes, o grupo já havia adquirido no país a processadora de sucata Fargo Iron and Metal Company e a fabricante de vergalhões Callaway Building Products.
As tratativas e a possibilidade de aquisição da participação majoritária da joint venture formada entre a Pacific Coast Steel e a Bay Area Reinforcing já haviam sido anunciadas pelo grupo gaúcho no último dia 18.
A empresa é uma das maiores fornecedoras de aço cortado e dobrado dos Estados Unidos (especializada em serviços de corte e dobra e montagem de produtos de aço em diversos projetos de construção na Califórnia e Nevada).
A empresa adquirida também foi, recentemente, incluída em uma lista da "Engineering New-Record", publicação nacional líder em engenharia e construção dos Estados Unidos, como uma das 50 maiores nesse ramo no país.
Há, por parte da empresa, quatro unidades de corte e dobra operando na Califórnia, incluindo San Diego, San Bernardino, Fairfield e Napa.
O negócio foi celebrado pela subsidiária da Gerdau na América do Norte, a Gerdau Ameristeel Corporation.

Operação financeira
O grupo gaúcho anunciou também que concluiu uma operação de "senior liquidity facility", no valor de US$ 400 milhões. A operação de crédito diminui a exposição da empresa a riscos, já que garante o acesso aos recursos mesmo em caso de instabilidade no mercado de capitais.
A operação, de acordo com a Gerdau, é uma importante ferramenta para melhorar a gestão do fluxo de caixa da empresa, já que reduz os riscos conjunturais.
A Gerdau é a empresa brasileira mais internacionalizada, de acordo com um ranking elaborado pela Fundação Dom Cabral (MG), divulgado no mês passado.
Jorge Gerdau Johannpeter, presidente do grupo, está sendo cogitado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para ocupar um ministério da área econômica, segundo apurou a Folha. A pasta poderia ser ou a da Fazenda, ou a do Desenvolvimento, ou a da Previdência.
A Folha tentou falar com o empresário gaúcho, para saber se aceitará eventual convite. Em viagem, ele não respondeu.


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