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Câmbio forte anima compra
e reduz venda
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A valorização do real ante o dólar tem afetado os
resultados da balança brasileira nos dois sentidos da
corrente de comércio.
Além de estimular as importações de bens de consumo e insumos industriais, impede que o país
recupere mercados importantes, que sofreram
forte retração na crise e
agora começam a crescer.
"Nos EUA e na América
Latina, tivemos quedas
muito grandes e não estamos conseguindo retomar
em boa parte por causa do
câmbio", reconhece o secretário de Comércio Exterior, Welber Barral. E no
momento, o maior adversário do país é justamente
o parceiro comercial brasileiro: a China.
Enquanto o país asiático
mantém um rígido controle sobre a cotação do yuan
para manter a competitividade das exportações, o
Brasil se esforça para tentar conter o avanço do real
por meio de instrumentos
como a taxação do capital
estrangeiro. "Temos de tomar medidas mais imaginativas, mas sem comprometer a credibilidade da
economia brasileira", diz
Barral, que considerou
uma medida insuficiente a
cobrança de 2% de IOF sobre parte dos investimentos estrangeiros.
Para o vice-presidente a
AEB (Associação de Comércio Exterior do Brasil),
José Augusto de Castro, a
margem de manobra do
governo é pequena diante
do problema. Segundo ele,
além de medidas na área
tributária, o apropriado
seria realizar mudanças na
política cambial.
"A moeda [brasileira] se
valorizou tanto que não
bastam apenas medidas
inventivas. A estratégia
também tem de mudar; o
Banco Central não pode
continuar a reboque do
mercado", diz Castro.
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