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MERCADO FINANCEIRO
Enquanto o setor público não anuncia nada de concreto, o privado continua fechando captações
Mercado espera nova emissão do governo
DA REPORTAGEM LOCAL
O mercado passou a especular
mais forte em torno da possibilidade de o governo brasileiro
aproveitar o clima favorável para
voltar ainda neste ano a captar recursos no exterior.
Na última vez em que o governo
foi ao mercado internacional, em
15 de outubro, tomou um empréstimo de US$ 1,5 bilhão por
meio do lançamento de títulos da
dívida externa.
Enquanto o governo não anuncia a esperada operação, o setor
privado segue aproveitando o
momento para captar recursos.
Ontem o banco Votorantim
anunciou que fechou uma operação de US$ 120 milhões por meio
da emissão de eurobônus. A Brascan Imobiliária Incorporações
captou outros US$ 40 milhões.
Ambas as operações envolveram
volumes maiores que os inicialmente previstos, devido à forte
demanda.
No mercado, era dado ontem
como certo o fechamento de uma
operação de captação da Petrobras, que poderia chegar a US$
750 milhões e ter prazo de 15 anos.
Com o risco-país em patamares
mais baixos, os custos para captar
no exterior também ficam menores. O risco-país fechou ontem a
499 pontos.
Os C-Bonds, papéis da dívida
brasileira de maior liquidez no exterior, começaram a encontrar
certa resistência para seguir em
alta, após os recentes recordes de
valor registrados. Ontem, os títulos da dívida encerraram os negócios a US$ 0,9706, praticamente
estáveis.
Com as captações em alta, o dólar tem se mantido comportado.
Ontem a moeda fechou estável
diante do real, a R$ 2,93.
Ações
A alta de 0,40% registrada ontem fez a Bovespa encerrar o pregão aos 20.539 pontos, novo nível
recorde.
A valorização de 4,92% das
ações preferenciais da Embraer
foi fundamental para o recorde da
Bolsa de Valores de São Paulo.
Com o maior ganho do dia, as
ações da Embraer ficaram entre
as seis mais negociadas.
Na outra ponta, o papel com direito a voto (ON) da Siderúrgica
Nacional teve perdas de 2,9%, a
maior baixa do pregão. O recuo
representou a devolução de parte
do lucro acumulado na semana
passada, quando o papel da exportadora acumulou valorização
de 10,48%.
(FABRICIO VIEIRA)
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