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Vaivém das commodities
MAURO ZAFALON - mzafalon@folhasp.com.br
PREÇOS BAIXOS
"Os tempos de preços baixos
dos produtos agrícolas provavelmente acabaram." A frase é
do ministro da Agricultura,
Reinhold Stephanes, que destacou ontem, em SP, o aumento
da importância do Brasil no cenário externo. Os principais
países exportadores têm taxas
de crescimento estáveis, como
os EUA (0,5%), enquanto o
Brasil consegue 16% ao ano.
ZONEAMENTO
A partir de junho de 2008, o
Brasil terá zoneamento da cana-de-açúcar, segundo Stephanes. Um conjunto de mapas vai
indicar as principais áreas
agroclimáticas especiais para o
produto; outro, onde não se poderá plantar; e um terceiro, onde o governo recomenda o
plantio -nas áreas degradadas
recuperadas, por exemplo.
BIODIESEL
Em uma análise pessoal sobre o setor de biodiesel, Stephanes diz que o mercado vai
passar por um período de ajuste. "Houve uma certa euforia e
algumas precipitações de alguns empresários".
ESTRANGULAMENTO
A agricultura passa por um
estrangulamento, na avaliação
do ministro. "Apenas quatro ou
cinco empresas fornecem insumos no Brasil e no mundo." E
essas mesmas empresas são
responsáveis pela compra da
produção. O esquema tem de
ser rompido, segundo ele.
COMO ROMPER
O governo montou um grupo
de inteligência para fazer, a médio e longo prazos, propostas
para romper essa situação.
AINDA NÃO PREOCUPA
O novo boom de investimentos hoje é na bioenergia, inclusive com aumento de participação externa. Por ora, o ministro
não vê a repetição, nesse setor,
do que ocorreu com o de grãos.
"Mas estamos de olho, inclusive em quem compra terras. Até
agora, tudo normal."
EM ALTA
Demanda na Ásia e oferta
menor podem elevar em 50%
os preços das commodities em
2008, segundo informações da
corretora Schroders Plc., à
Bloomberg. O equilíbrio entre
oferta e demanda está muito
apertado, avalia a corretora.
ALTA NO CAMPO
A saca de feijão, que já atingiu
R$ 280 no mercado atacadista
de São Paulo, segundo o IEA,
continua subindo no campo.
Ontem, a Safras & Mercado indicava R$ 230 para as regiões
paulistas de Avaré e Barretos.
Pesquisa da Folha mostrou R$
260 no norte do Estado.
AFETA O CONSUMO
A alta do feijão, que poderá
bater em R$ 300 por saca nos
próximos dias, deve segurar o
consumo. A evolução dos preços ocorre porque há redução
da oferta, devido à safra menor
e ao atraso na produção.
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