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ENERGIA
ONS propõe mudar critérios de risco e não usar termelétricas
HUMBERTO MEDINA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) quer
modificação nos critérios de
risco do setor elétrico para
evitar que as termelétricas
tenham que ser acionadas
em janeiro. O órgão, responsável por gerenciar a entrada
em operação das usinas, propõe que o nível de água dos
reservatórios das hidrelétricas possa ficar mais baixo e,
dessa forma, não seja necessário acionar termelétricas
já no mês que vem. Não há
gás natural para abastecer
termelétricas, indústrias e
postos de combustível simultaneamente.
Segundo as normas em vigor, os reservatórios das hidrelétricas do Sudeste e do
Centro-Oeste teriam que
chegar ao fim de dezembro
com ao menos 61% de sua capacidade. Hoje, esses reservatórios estão com 47,74% e
técnicos consideram pouco
provável que o nível de segurança seja atingido a tempo.
O ONS propõe que o nível
de segurança seja reduzido
para 36% no final de dezembro. A decisão de modificar
os critérios depende da
Aneel (Agência Nacional de
Energia Elétrica), que colocou o assunto em consulta
pública até sexta-feira.
Caso as termelétricas tenham que ser acionadas em
janeiro, não deverá haver gás
natural para todos os consumidores e poderá haver cortes para indústrias ou postos
de gasolina que vendem
GNV (gás natural veicular).
Nesse caso, a Petrobras teria
que cortar parte do fornecimento do combustível para
as distribuidoras, como
aconteceu em outubro.
De acordo com as regras de
operação do setor elétrico,
quando o nível de água dos
reservatórios das hidrelétricas fica abaixo de determinado percentual, as termelétricas são acionadas. O objetivo
é dar mais segurança ao sistema e evitar que falte energia ou que seja necessário fazer um racionamento.
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