São Paulo, terça-feira, 04 de dezembro de 2007

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ENERGIA

ONS propõe mudar critérios de risco e não usar termelétricas

HUMBERTO MEDINA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) quer modificação nos critérios de risco do setor elétrico para evitar que as termelétricas tenham que ser acionadas em janeiro. O órgão, responsável por gerenciar a entrada em operação das usinas, propõe que o nível de água dos reservatórios das hidrelétricas possa ficar mais baixo e, dessa forma, não seja necessário acionar termelétricas já no mês que vem. Não há gás natural para abastecer termelétricas, indústrias e postos de combustível simultaneamente.
Segundo as normas em vigor, os reservatórios das hidrelétricas do Sudeste e do Centro-Oeste teriam que chegar ao fim de dezembro com ao menos 61% de sua capacidade. Hoje, esses reservatórios estão com 47,74% e técnicos consideram pouco provável que o nível de segurança seja atingido a tempo.
O ONS propõe que o nível de segurança seja reduzido para 36% no final de dezembro. A decisão de modificar os critérios depende da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), que colocou o assunto em consulta pública até sexta-feira.
Caso as termelétricas tenham que ser acionadas em janeiro, não deverá haver gás natural para todos os consumidores e poderá haver cortes para indústrias ou postos de gasolina que vendem GNV (gás natural veicular). Nesse caso, a Petrobras teria que cortar parte do fornecimento do combustível para as distribuidoras, como aconteceu em outubro.
De acordo com as regras de operação do setor elétrico, quando o nível de água dos reservatórios das hidrelétricas fica abaixo de determinado percentual, as termelétricas são acionadas. O objetivo é dar mais segurança ao sistema e evitar que falte energia ou que seja necessário fazer um racionamento.


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