São Paulo, #!L#Sábado, 05 de Fevereiro de 2000


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CONJUNTURA
Até setembro, PIB cresceu 0,02%; dado final do ano sai na terça
Produção industrial teve queda de 0,7% em 1999

free-lance para a Folha

A produção da indústria brasileira registrou queda de 0,7% no ano passado. É o segundo decréscimo anual consecutivo do setor, que em 98 já havia registrado queda de 2,1%.
Apesar do desempenho negativo, foi significativa a recuperação industrial do país no final de 99.
Em dezembro, a produção da indústria cresceu 8,8% em comparação com dezembro de 98, e 3,1% em relação a novembro. Os dados foram divulgados ontem pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
A reação foi acelerada no último trimestre do ano, que apresentou taxa de crescimento 4% superior aos três meses anteriores. Enquanto no primeiro semestre houve queda de 3,2%, no segundo a produção cresceu 1,6%.
O bom desempenho de dezembro levou o economista Sílvio Sales, coordenador da pesquisa, a afirmar que a indústria brasileira já iniciou este ano 3,1% melhor do que entrou em 99.
Mais que isso, a produção industrial conseguiu recuperar os patamares em que estava no final do primeiro semestre de 98. Em agosto daquele ano a crise na Rússia deu início a um processo de retração da economia brasileira.

Crescimento do PIB
Sales revelou também que o PIB (Produto Interno Bruto) cresceu 0,02% no acumulado dos três primeiros trimestres de 99. O resultado oficial do ano será divulgado pelo órgão na próxima terça-feira. A indústria representa 30% na composição do PIB.
O economista não quis estimar o número final do PIB de 99, mas disse que a melhoria do desempenho no último trimestre será um fator fundamental no resultado. A projeção do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) é de crescimento da economia de 0,8% no ano passado.

Desempenhos
Os índices divulgados pelo IBGE contemplam também o desempenho por ramos industriais. No acumulado do ano, apresentaram queda na produção especialmente as indústrias de material elétrico e comunicações (11,3%), fumo (7,4%), mecânica (7,2%) e matérias plásticas (6,2%).
Por outro lado, melhoraram o desempenho a indústria extrativa mineral (9,1%), perfumaria (7,2%), madeira (6,8%), borracha (5%) e papel e papelão (4,8%).
Mesmo tendo registrado desempenho negativo (10,6%) no ano passado sobre o ano anterior, a recuperação da produção automobilística é considerada significativa. A explicação é que o segmento reverteu a queda de 23,5%, no primeiro semestre, para um crescimento de 6,2% no segundo.


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