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CONJUNTURA
Até setembro, PIB cresceu 0,02%; dado final do ano sai na terça
Produção industrial teve queda de 0,7% em 1999
free-lance para a Folha
A produção da indústria brasileira registrou queda de 0,7% no
ano passado. É o segundo decréscimo anual consecutivo do setor,
que em 98 já havia registrado queda de 2,1%.
Apesar do desempenho negativo, foi significativa a recuperação
industrial do país no final de 99.
Em dezembro, a produção da
indústria cresceu 8,8% em comparação com dezembro de 98, e
3,1% em relação a novembro. Os
dados foram divulgados ontem
pelo IBGE (Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística).
A reação foi acelerada no último
trimestre do ano, que apresentou
taxa de crescimento 4% superior
aos três meses anteriores. Enquanto no primeiro semestre
houve queda de 3,2%, no segundo
a produção cresceu 1,6%.
O bom desempenho de dezembro levou o economista Sílvio Sales, coordenador da pesquisa, a
afirmar que a indústria brasileira
já iniciou este ano 3,1% melhor do
que entrou em 99.
Mais que isso, a produção industrial conseguiu recuperar os
patamares em que estava no final
do primeiro semestre de 98. Em
agosto daquele ano a crise na Rússia deu início a um processo de retração da economia brasileira.
Crescimento do PIB
Sales revelou também que o PIB
(Produto Interno Bruto) cresceu
0,02% no acumulado dos três primeiros trimestres de 99. O resultado oficial do ano será divulgado
pelo órgão na próxima terça-feira.
A indústria representa 30% na
composição do PIB.
O economista não quis estimar
o número final do PIB de 99, mas
disse que a melhoria do desempenho no último trimestre será um
fator fundamental no resultado. A
projeção do Ipea (Instituto de
Pesquisa Econômica Aplicada) é
de crescimento da economia de
0,8% no ano passado.
Desempenhos
Os índices divulgados pelo IBGE contemplam também o desempenho por ramos industriais.
No acumulado do ano, apresentaram queda na produção especialmente as indústrias de material
elétrico e comunicações (11,3%),
fumo (7,4%), mecânica (7,2%) e
matérias plásticas (6,2%).
Por outro lado, melhoraram o
desempenho a indústria extrativa
mineral (9,1%), perfumaria
(7,2%), madeira (6,8%), borracha
(5%) e papel e papelão (4,8%).
Mesmo tendo registrado desempenho negativo (10,6%) no
ano passado sobre o ano anterior,
a recuperação da produção automobilística é considerada significativa. A explicação é que o segmento reverteu a queda de 23,5%,
no primeiro semestre, para um
crescimento de 6,2% no segundo.
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