da Redação

A Bovespa manteve-se ontem em alta, com o índice fechando em 17.932 pontos. A valorização do Ibovespa foi de 2,72%%, em cima de um volume negociado de R$ 1,036 bilhão.
Neste mês a alta acumulada do Ibovespa chega a 9,42%%, e no ano, a 4,92%.
Gabriel Jafet, da Oryx Asset Management, atribui esse fôlego ao fato de que muitos investidores ficaram de fora até que o Fed (banco central norte-americano) definisse os juros nos EUA.
Agora, esses mesmos investidores estão de volta, diz ele.
Os estrangeiros continuam retraídos. Esperava-se que eles viriam com força para a Bolsa brasileira já em janeiro, mas até agora isso não aconteceu. Na opinião de Gabriel Jafet, o empecilho pode ser o preço das ações. O Ibovespa subiu 152% em 99.
Em Nova York, o índice Dow Jones fechou com baixa de 0,45%, refletindo as incertezas com a economia dos EUA. O ouro subiu 8%, chegando a US$ 310,40 a onça-troy (31,1 gramas), após a divulgação da taxa de desemprego de 4% em janeiro. Com isso, o ouro negociado na BM&F também se valorizou (4,32%).
O índice Nasdaq, termômetro das ações de empresas de tecnologia, mostrou mais força e influenciou a Bolsa brasileira, segundo Gabriel Jafet. Fechou com alta de 0,79% em Nova York.
A taxa de desemprego nos EUA, a menor em 30 anos, foi interpretada de duas formas: ao mesmo tempo em que reforça a preocupação com a inflação, o vigor da economia pode favorecer o lucro das empresas.
A permanência das dúvidas sobre o futuro da economia norte-americana mantém a volatilidade dos mercados. Qualquer indicador mais negativo sobre a inflação nos EUA poderá desencadear uma onda de venda de ações nas Bolsas de todo o mundo.
Os mercados de câmbio e de juros no Brasil mantiveram-se calmos ontem. O dólar fechou em baixa e o DI futuro recuou.
O Banco Central pagou juro de 13,35% mais câmbio no leilão R$ 1,6 bilhão de NBC-Es. A taxa tem sido mais elevada porque os papéis são longos, de três anos, o que envolve mais risco.
(GABRIEL J. DE CARVALHO)


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