São Paulo, segunda-feira, 05 de fevereiro de 2007

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Mercado Aberto

guilherme.barros@uol.com.br

Estudo reprova ascensão de executivo "do lar"

Estar distante do local de trabalho, seja por férias, afastamento ou mesmo realizando as atividades profissionais em casa, não é visto por executivos como uma atitude saudável para a carreira.
"Telecommuters" -executivos que trabalham a distância, mantendo comunicação informatizada- têm mais dificuldade de avançar na carreira do que aqueles que trabalham em escritórios tradicionais. Essa é a conclusão de pesquisa feita com executivos de 71 países pela Korn/Ferry International's.
Entre os entrevistados, 61% acreditam que os "telecommuters" têm dificuldade de crescer profissionalmente. A explicação para essa impressão, segundo Jairo Okret, sócio da Korn/Ferry, está na ausência de relações pessoais, o que impediria a avaliação.
"O comportamento de um indivíduo pode ser percebido pelo discurso por telefone, mas alguns estilos ficam difíceis de serem identificados sem contato pessoal."
Apesar disso, 48% afirmaram que considerariam uma proposta de trabalho como "telecommuter". E 78% responderam que esse tipo de executivo pode conseguir produtividade semelhante ou superior aos que trabalham no escritório.
As possíveis causas, segundo Okret, são a flexibilidade de horário, a maior facilidade de concentração e a economia de tempo no trânsito, proporcionadas pelo trabalho em casa.
Quando questionados sobre a flexibilidade no trabalho, 46% responderam que sua preferência era uma atividade com horário flexível.
Já uma pausa para período sabático ou férias prolongadas divide opiniões. Para 28%, isso é extremamente benéfico para a carreira. Mas a parada é considerada um pouco prejudicial na opinião de 22% dos executivos consultados.
Okret acredita que o "telecommuting" cria um novo elo de ligação no trabalho, em que é necessário confiar em atividades de profissionais que não são vistos pessoalmente. "O telecommuting está para o trabalho assim como o chat está para as relações pessoais", diz.

Consignado atinge R$ 1 bi no BB em janeiro

O Banco do Brasil registrou, em janeiro deste ano, um número recorde em sua linha de crédito consignado: foi desembolsado R$ 1,075 bilhão no mês. No início de 2006, o banco havia contratado quase metade do valor, cerca de R$ 470 milhões. Com os contratos do último mês, a carteira atingiu saldo de R$ 8,5 bilhões.
Para o vice-presidente de varejo e distribuição do banco, Aldemir Bendine, apesar de a demanda por crédito ser maior em janeiro -quando há gastos que vão desde a matrícula escolar a pagamento de impostos-, o número não foi surpreendente. Segundo ele, o banco vem registrando uma escalada crescente na procura por este tipo de crédito.
"Em 2006, o Banco do Brasil cresceu 120% na carteira [de crédito consignado], enquanto o restante do mercado expandiu 50%", diz o vice-presidente, que nega que os números de janeiro representem um "ressurgimento" do crédito consignado.
Ele diz que nunca teve a sensação de que o crédito consignado estivesse em baixa. "Quando analisamos a relação entre crédito e PIB, não temos essa percepção."
Para 2007, Bendine diz que uma das prioridades do Banco do Brasil é o crédito consignado. Entre as vantagens, diz que o nível de inadimplência é baixíssimo.

GELADINHA
A Blockbuster Brasil e a Coca-Cola acabam de criar a ação "Vista sua Coca-Cola", em que os clientes da rede podem estampar as garrafas com opções de arte criadas pela agência JWThompson.

Empresas criam centro para idoso em São Paulo

A Partage, um dos sócios do grupo Aché Laboratórios, a Stan, que faz incorporação, e outros três fundos de private equity nacionais, investiram R$ 45 milhões para criar o Hiléa, um centro de vivência para idosos.
O empreendimento, localizado no bairro do Morumbi, em São Paulo, será inaugurado em julho. O complexo tem hospedagem, assistência, hospital de apoio, reabilitação, consultórios gerontológicos e lazer.
A idéia, segundo Cristiane D'Andrea, diretora-presidente do Hiléa, "é prospectar clientes junto aos convênios médicos, que poderão cobrir a parte hospitalar".

BLINDADOS

A presidência do Uruguai contratou uma empresa brasileira para fazer a blindagem de seus novos carros. A responsável é a Security Blindagem, comandada pelos sócios Armando Fairbanks Lebeis, Fernando Galante e Walter Wieland, que foi presidente da GM no Brasil. "Fechamos três blindagens. Uma de um carro para uso pessoal do presidente, outro, reserva, e o terceiro será usado para comitiva", diz Lebeis. Até o fim de fevereiro, a empresa abrirá uma nova unidade, sua primeira filial, em Recife. "A idéia surgiu de um contato da Mercedes." O próximo passo da expansão deve ser dado em 2008, com uma nova filial, desta vez no Rio de Janeiro.

ALÉM MAR
Depois de concorrência com cinco agências, a Fischer Portugal acaba de ganhar a conta da Honda Automóveis no país. A montadora já é atendida no Brasil pela Fischer desde 2004.


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