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SP lidera no reajuste dos
salões de beleza, com alta
de 8% no ano passado
JANAINA LAGE
DA SUCURSAL DO RIO
Os preços de serviços como corte de cabelo, escova e
manicure aumentaram
7,96% em São Paulo em
2006, a maior alta registrada
nas capitais, revela levantamento elaborado pela FGV
(Fundação Getulio Vargas).
O IGP-DI (Índice Geral de
Preços - Disponibilidade Interna), medido pela FGV, fechou 2006 com alta de
3,79%. A média das principais capitais do país aponta
aumento de 5,78% nos preços dos salões de beleza.
Segundo o coordenador de
Análises Econômicas da
FGV, Salomão Quadros, a
chamada inércia inflacionária é uma das características
desse tipo de serviço. No caso dos salões de beleza, fica
mais difícil controlar os preços em razão de aspectos
subjetivos. "Nesse tipo de
atividade, o cliente cria um
vínculo com o profissional e
isso faz com que ele aceite
mais o repasse de preços."
Não são apenas os cuidados femininos que estão
contribuindo para pressionar mais a inflação. As barbearias, redutos de homens
que raramente se classificam como metrossexuais, tiveram alta de 3,97% no ano
passado. Em 2005, os serviços de barba, cabelo e bigode
já haviam registrado alta de
8,43%. Naquele ano, o IGP-DI havia apurado o índice
mais baixo da história do indicador, com alta de 1,22%.
Quadros destaca que uma
das razões para o repasse
mais elevado dos serviços é
que eles não são feitos em casas decimais, mas sempre
em números inteiros.
Segundo a FGV, cortar cabelo e fazer escova são atividades mais caras em São
Paulo. O preço máximo do
corte captado na pesquisa é
de R$ 35. Salvador é a capital
mais cara para serviços de
manicure: preço de até R$ 17.
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