São Paulo, segunda-feira, 05 de fevereiro de 2007

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SP lidera no reajuste dos salões de beleza, com alta de 8% no ano passado

JANAINA LAGE
DA SUCURSAL DO RIO

Os preços de serviços como corte de cabelo, escova e manicure aumentaram 7,96% em São Paulo em 2006, a maior alta registrada nas capitais, revela levantamento elaborado pela FGV (Fundação Getulio Vargas).
O IGP-DI (Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna), medido pela FGV, fechou 2006 com alta de 3,79%. A média das principais capitais do país aponta aumento de 5,78% nos preços dos salões de beleza.
Segundo o coordenador de Análises Econômicas da FGV, Salomão Quadros, a chamada inércia inflacionária é uma das características desse tipo de serviço. No caso dos salões de beleza, fica mais difícil controlar os preços em razão de aspectos subjetivos. "Nesse tipo de atividade, o cliente cria um vínculo com o profissional e isso faz com que ele aceite mais o repasse de preços."
Não são apenas os cuidados femininos que estão contribuindo para pressionar mais a inflação. As barbearias, redutos de homens que raramente se classificam como metrossexuais, tiveram alta de 3,97% no ano passado. Em 2005, os serviços de barba, cabelo e bigode já haviam registrado alta de 8,43%. Naquele ano, o IGP-DI havia apurado o índice mais baixo da história do indicador, com alta de 1,22%.
Quadros destaca que uma das razões para o repasse mais elevado dos serviços é que eles não são feitos em casas decimais, mas sempre em números inteiros.
Segundo a FGV, cortar cabelo e fazer escova são atividades mais caras em São Paulo. O preço máximo do corte captado na pesquisa é de R$ 35. Salvador é a capital mais cara para serviços de manicure: preço de até R$ 17.


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