|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Inflação vai concentrar as atenções dos investidores
Analistas prevêem que IPCA repita patamar de dezembro
DA REPORTAGEM LOCAL
Dados de inflação no Brasil
centralizam a agenda de eventos econômicos que merecerá a
atenção dos investidores nos
próximos dias. "Esta semana
que segue conta com uma agenda de indicadores econômicos
bem mais tranqüila do que a da
semana [passada]", afirma a
Link Corretora.
Hoje a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas)
divulgará o resultado do IPC
(Índice de Preços ao Consumidor) de janeiro. Analistas não
esperam nenhuma grande surpresa, trabalhando com projeção de elevação de 0,68% no índice no primeiro mês de 2007.
O IPC mostrou que a cidade
de São Paulo encerrou 2006
com inflação de 2,55%, a menor
registrada desde 1998.
Na semana, ainda haverá a
divulgação do IGP-DI de janeiro, além do índice mais aguardado, que é o IPCA, a ser divulgado pelo o IBGE (Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística) na sexta-feira. Esse índice de inflação é o utilizado pelo governo para monitorar a
meta de inflação.
O mercado estima que o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) fique em torno
de 0,48% -no mesmo patamar
registrado em dezembro.
Para todo 2007, a expectativa
é a de que a taxa acumule elevação de 4,09%. No ano passado,
o IPCA registrou inflação de
3,14% -menor nível desde
1998-, ficando abaixo do centro da meta oficial (de 4,5%).
"A agenda doméstica traz indicadores um pouco mais relevantes para o mercado financeiro. Os dois principais destaques são as divulgações da produção industrial de dezembro
na segunda [hoje] e o IPCA de
janeiro na sexta-feira", afirma a
Link Corretora.
A produção industrial de dezembro, a ser apresentada hoje
pelo IBGE, mostrará como foi o
desempenho do segmento econômico no ano passado.
Na semana passada, o Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) apresentou a ata de sua última reunião. O documento não trouxe
surpresas. Para investidores e
analistas, a taxa básica Selic vai
seguir em queda, mas em ritmo
mais brando do que o registrado no ano passado.
A última pesquisa Focus, realizada pelo Banco Central com
cem instituições financeiras,
mostrou a projeção de que a taxa Selic estará em 11,75% em
dezembro deste ano. Hoje a Selic está em 13%.
Cena externa
Nos próximos dias, serão conhecidos nos EUA poucos dados de maior relevância.
Os destaques ficam por conta
dos números de produtividade
e do custo de mão-de-obra do
quarto trimestre do ano passado, que serão apresentados
nesta quarta-feira.
A divulgação do núcleo do índice americano de gastos com
consumo pessoal (PCE, na sigla
em inglês) na quinta passada,
que ficou abaixo do esperado
-0,1% em dezembro contra
projeção de 0,2%-, elevou a
expectativa em torno da possibilidade de os juros americanos
caírem até a reunião de maio do
Fed (o BC americano).
Na quarta-feira passada, o
Federal Reserve decidiu manter os juros básicos americanos
inalterados, em 5,25% anuais.
A nota divulgada após a reunião
da autoridade monetária foi interpretada como sinalizadora
de que as preocupações com a
inflação dos Estados Unidos estão menores.
Esse cenário favoreceu os
ativos de emergentes. Para o
Brasil, isso se refletiu em queda
do risco-país para seus menores níveis históricos -181 pontos, no fim das operações de
sexta- e recuo do dólar para
seu menor patamar desde maio
passado. Na sexta, o dólar fechou a R$ 2,105.
Texto Anterior: Vencedor em janeiro montou carteira com alta de 18,45% Próximo Texto: Negociação com chilenos reabre disputa pela Varig Índice
|