São Paulo, terça-feira, 05 de fevereiro de 2008

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Aeroporto já foi alvo de operações do MPF e da PF

DA REPORTAGEM LOCAL

O aeroporto de Guarulhos já foi alvo de operação do Ministério Público Federal e da Polícia Federal para desarticular suposto esquema de importação irregular, que teria o envolvimento de auditores fiscais da alfândega da Receita Federal.
Em setembro de 2007, a Polícia Federal prendeu um auditor fiscal no aeroporto, sua ex-mulher, três funcionários e um diretor de uma empresa que vende produtos importados livres de impostos em aeroportos internacionais do país.
Essas pessoas são suspeitas de participar de um esquema em que o auditor recebia como propina mercadorias da empresa que eram revendidas por sua ex-mulher no interior do Estado de São Paulo. Em troca dos produtos, o auditor fornecia o "login" e a senha de acesso ao sistema informatizado de fiscalização da Receita Federal.
Com essas informações, funcionários da empresa praticavam os atos de fiscalização a que a empresa deveria ser submetida pelo auditor, segundo informou, na época, o Ministério Público Federal.
A denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal à Justiça Federal de São Paulo foi recebida pela juíza federal da 2ª Vara de Guarulhos, Maria Isabel do Prado, no dia 28 de setembro do ano passado.
A Justiça Federal de São Paulo, informa, por meio de sua assessoria de imprensa, que os réus já foram interrogados. A oitiva de testemunhas de acusação também já foi feita. A próxima fase do processo será ouvir as testemunhas de defesa. Entre os réus presos está o auditor da Receita. Os nomes dos envolvidos não foram divulgados, já que o processo está sob segredo de Justiça.
Outras duas grandes operações da PF para desarticular grupos suspeitos de atuarem de forma ilegal em Guarulhos ocorreram no fim de 2005.
Cerca de 600 policiais participaram em setembro de 2005 de duas operações em quatro Estados (São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Espírito Santo) para cumprir 60 mandados de busca e apreensão e 50 mandados de prisão expedidos pela Justiça Federal. As duas operações, chamadas de "Canaã" e de "Overbox", pretendiam desarticular grupos que atuavam de forma ilegal no transporte de passageiros e de cargas no aeroporto de Guarulhos. Servidores públicos eram corrompidos para evitar o recolhimentos de impostos, segundo informou, na época, a Polícia Federal. (FF)


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