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Não há protecionismo, diz indústria argentina
THIAGO GUIMARÃES
DE BUENOS AIRES
Industriais argentinos reagiram ontem à possibilidade de o
Brasil recorrer à OMC (Organização Mundial do Comércio)
ou a cotas de exportação para se
defender de medidas protecionistas no comércio bilateral.
Em nota, a UIA (União Industrial Argentina) afirmou
que o Brasil faz "reclamações
injustas", pois "traz nas costas
uma história de mais de 30
anos de proteção da produção,
junto com financiamento a taxas subsidiadas por parte de
seu BNDES [Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e
Social], inclusive para compra
de empresas argentinas".
A Folha revelou ontem que,
diante de barreiras comerciais
recentes adotadas pela Argentina, o Brasil passou a estudar a
retomada do uso de cotas de
exportação em setores sensíveis como linha branca, têxteis
e calçados. São espécies de cotas ao comércio fixadas por
empresários dos setores, com
anuência dos governos.
Na segunda-feira, o secretário de Comércio Exterior do
MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior), Welber Barral, já havia feito menção a possíveis reclamações à OMC contra o país vizinho por entraves
a importações brasileiras.
A nota da UIA, que representa setor responsável por 62%
das exportações e 27% da arrecadação tributária do vizinho,
diz que a queda nas importações argentinas de itens brasileiros (47,7% em fevereiro) é
resultado da crise global, e não
de "medidas protecionistas
não contempladas pela OMC".
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