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Juros sobem para conter a inflação; combustível terá aumento de 11,5%
Fraga assume, unifica juros e eleva taxa de 39% a 45% a partir de hoje
Medidas têm objetivo de conter crise cambial e fechar o acordo com o FMI
da Sucursal de Brasília
O governo elevou ontem os juros de 39% para 45% ao ano e
reajustou os derivados de combustíveis nas refinarias em
11,5%. O aumento para o consumidor de produtos como a gasolina e o GLP (gás de cozinha) deve ficar em 6,5%, na média.
O óleo diesel deve subir 7,2% no posto.
As medidas visam controlar a crise cambial e fechar uma renegociação das metas com o FMI (Fundo Monetário Internacional), que deve ser anunciada hoje.
A alta nas taxas de juros foi a primeira medida de Armínio
Fraga como presidente do Banco Central. Fraga decidiu também mudar o sistema de juros. Foram extintas a Tban (Taxa de
Assistência do BC) e a TBC (Taxa Básica do BC), que funcionavam como o teto e o piso dos juros. A partir de agora, o BC passa a fixar apenas uma taxa referencial.
Foi também anunciado que uma parte dos recursos do FMI
para intervir no mercado de câmbio.
O mercado financeiro recebeu bem as medidas. A cotação do
dólar caiu 3,7% para R$ 2,08, no fechamento e a Bolsa subiu
3,85%. No meio empresarial, criticou-se o efeito recessivo da
alta dos juros e elogiou-se o esforço de conter a inflação.
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