São Paulo, Sexta-feira, 05 de Março de 1999
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Juros sobem para conter a inflação; combustível terá aumento de 11,5%

Fraga assume, unifica juros e eleva taxa de 39% a 45% a partir de hoje

Medidas têm objetivo de conter crise cambial e fechar o acordo com o FMI

da Sucursal de Brasília

O governo elevou ontem os juros de 39% para 45% ao ano e reajustou os derivados de combustíveis nas refinarias em 11,5%. O aumento para o consumidor de produtos como a gasolina e o GLP (gás de cozinha) deve ficar em 6,5%, na média. O óleo diesel deve subir 7,2% no posto.
As medidas visam controlar a crise cambial e fechar uma renegociação das metas com o FMI (Fundo Monetário Internacional), que deve ser anunciada hoje.
A alta nas taxas de juros foi a primeira medida de Armínio Fraga como presidente do Banco Central. Fraga decidiu também mudar o sistema de juros. Foram extintas a Tban (Taxa de Assistência do BC) e a TBC (Taxa Básica do BC), que funcionavam como o teto e o piso dos juros. A partir de agora, o BC passa a fixar apenas uma taxa referencial.
Foi também anunciado que uma parte dos recursos do FMI para intervir no mercado de câmbio.
O mercado financeiro recebeu bem as medidas. A cotação do dólar caiu 3,7% para R$ 2,08, no fechamento e a Bolsa subiu 3,85%. No meio empresarial, criticou-se o efeito recessivo da alta dos juros e elogiou-se o esforço de conter a inflação.


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