São Paulo, quarta-feira, 05 de abril de 2006

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PM cerca praça onde haveria ato

PAULO PEIXOTO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE

Um dia depois dos confrontos entre a Polícia Militar e os movimentos sociais de Minas, o ambiente voltou a ficar tenso ontem. A Polícia Militar cercou a praça em frente à Assembléia Legislativa, onde cerca de 2.000 pessoas (números dos organizadores) se reúnem desde sábado em um encontro que se contrapõe à reunião anual do BID, em Belo Horizonte.
A PM negou que estivesse ali para tentar intimidar. Na noite anterior, uma nota da CUT (Central Única dos Trabalhadores) anunciava uma "grande caminhada intitulada "Em Minas não se respira liberdade'".
Fortemente armados, os PMs entraram na praça e foram recebidos com xingamentos e gritos. Oficiais tentaram conversar com os líderes dos movimentos, que não quiseram papo. A PM, então, deixou a praça e se manteve nas imediações, de prontidão. Os oficiais disseram que respeitariam o direito de manifestação, mas não permitiriam vandalismo. A caminhada acabou não ocorrendo.

Dia anterior
Anteontem, quando iam para o centro da cidade, manifestantes do Movimento dos Atingidos por Barragens e do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) destruíram a recepção da sede da Cemig.
Os manifestantes disseram que foram agredidos pela PM e correram para a Cemig. Para a PM, a destruição foi deliberada. No centro, ocorreu outro confronto. Nas duas ocorrências, o número de feridos foi de ao menos 21. Os dez presos já foram soltos.


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