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Estratégia deve contemplar riscos e metas
DA REPORTAGEM LOCAL
Com a estabilização da economia brasileira nos últimos 15
anos, o investidor do país amadureceu e passou a se ver diante
de muitas opções para guardar
e multiplicar o seu dinheiro.
No entanto, antes que ele pudesse se familiarizar com todas
as alternativas que um mercado financeiro maduro oferece,
o cenário mudou bastante devido à mudança da trajetória dos
juros. Se, antes, a taxa básica
Selic garantia ganhos altos com
um risco baixo, agora não está
mais assim tão fácil obter bons
retornos.
Entretanto o ganho não é a
única variável a ser observada
nesse jogo. As decisões acerca
da estratégia que cada investidor adotará para as suas aplicações devem ser tomadas, antes
de se pensar nos rendimentos
que cada alternativa oferece, no
perfil da sua família e nos objetivos conjuntos para os recursos reservados.
Primeiro, é essencial analisar
qual é o risco que se pode correr. Isso tem a ver com as fontes
de renda familiar (se são fixas
ou variam, como no caso de um
dos membros ser vendedor e
receber comissão), com a presença ou não de crianças pequenas ou de idosos que dependem dos adultos mais jovens e
com o tempo que falta para os
chefes da casa se aposentarem,
entre outros fatores.
A partir daí, é possível saber
se é melhor ser conservador,
moderado, ou se dá para se arriscar um pouco mais. No mundo das aplicações financeiras,
quanto maior a possibilidade
de lucro, maior a de perda. Por
isso, ter em mente só o quanto
se pode ganhar é perigoso e pode trazer grandes frustrações.
Depois, deve-se listar quais
são as metas e os desejos que se
deseja realizar com os recursos
guardados. Há os de curto prazo, como a aquisição de um
aparelho de televisão novo, os
de médio -custear um intercâmbio internacional para os
filhos ou pagar a sua faculdade- e os de longo, dentre os
quais se inclui garantir a tranquilidade na velhice.
Só depois de colocar todas essas questões no papel é que o
investidor vai dividir o seu dinheiro pelas opções de aplicação existentes. A parcela reservada para emergências tem de
ficar em algum investimento de
baixo risco e que permita saques imediatos -poupança, títulos do governo federal ou um
fundo de renda fixa, por exemplo. A destinada aos objetivos
de longo prazo pode ir para um
mais ousado, como a Bolsa de
Valores ou fundos de ações.
(DENYSE GODOY)
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