São Paulo, segunda-feira, 05 de abril de 2010

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Estratégia deve contemplar riscos e metas

DA REPORTAGEM LOCAL

Com a estabilização da economia brasileira nos últimos 15 anos, o investidor do país amadureceu e passou a se ver diante de muitas opções para guardar e multiplicar o seu dinheiro.
No entanto, antes que ele pudesse se familiarizar com todas as alternativas que um mercado financeiro maduro oferece, o cenário mudou bastante devido à mudança da trajetória dos juros. Se, antes, a taxa básica Selic garantia ganhos altos com um risco baixo, agora não está mais assim tão fácil obter bons retornos.
Entretanto o ganho não é a única variável a ser observada nesse jogo. As decisões acerca da estratégia que cada investidor adotará para as suas aplicações devem ser tomadas, antes de se pensar nos rendimentos que cada alternativa oferece, no perfil da sua família e nos objetivos conjuntos para os recursos reservados.
Primeiro, é essencial analisar qual é o risco que se pode correr. Isso tem a ver com as fontes de renda familiar (se são fixas ou variam, como no caso de um dos membros ser vendedor e receber comissão), com a presença ou não de crianças pequenas ou de idosos que dependem dos adultos mais jovens e com o tempo que falta para os chefes da casa se aposentarem, entre outros fatores.
A partir daí, é possível saber se é melhor ser conservador, moderado, ou se dá para se arriscar um pouco mais. No mundo das aplicações financeiras, quanto maior a possibilidade de lucro, maior a de perda. Por isso, ter em mente só o quanto se pode ganhar é perigoso e pode trazer grandes frustrações.
Depois, deve-se listar quais são as metas e os desejos que se deseja realizar com os recursos guardados. Há os de curto prazo, como a aquisição de um aparelho de televisão novo, os de médio -custear um intercâmbio internacional para os filhos ou pagar a sua faculdade- e os de longo, dentre os quais se inclui garantir a tranquilidade na velhice.
Só depois de colocar todas essas questões no papel é que o investidor vai dividir o seu dinheiro pelas opções de aplicação existentes. A parcela reservada para emergências tem de ficar em algum investimento de baixo risco e que permita saques imediatos -poupança, títulos do governo federal ou um fundo de renda fixa, por exemplo. A destinada aos objetivos de longo prazo pode ir para um mais ousado, como a Bolsa de Valores ou fundos de ações.
(DENYSE GODOY)


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