São Paulo, domingo, 05 de maio de 2002

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Governo cede para manter votação

DE BUENOS AIRES

O governo argentino foi obrigado a ceder em alguns pontos para conseguir do Congresso a promessa de que a votação dos projetos exigidos pelo FMI (Fundo Monetário Internacional) não seja adiada de novo nesta semana.
O novo ministro do Interior, Jorge Matzkin, disse que já "há um programa acordado" para alterar a Lei de Subversão Econômica e aprovar a Lei de Falências. Mas nem todas as exigências do FMI serão atendidas, como já havia avisado o ministro da Economia, Roberto Lavagna.
O governo aceitou exigências dos parlamentares para que a Lei de Subversão Econômica não seja simplesmente derrubada, mas flexibilizada. O Congresso exige que a lei permita a investigação de banqueiros acusados de vazar recursos do curralzinho.
A Lei de Falências também será alterada. Os parlamentares querem a inclusão no projeto de uma cláusula de proteção às empresas nacionais contra a falência.
O governo concordou ainda em enviar ao Congresso na forma de decreto o novo "plano Bonex", que prevê a devolução de bônus para os correntistas que possuem depósitos a prazos fixos nos bancos. Ao optar por um decreto, e não por um projeto, o presidente Eduardo Duhalde assume todo o desgaste da aprovação.
Mesmo sem cumprir todas as exigências do Fundo, Duhalde disse no programa de rádio "Conversando com o Presidente" que a Argentina espera chegar a um acordo com o FMI e não ficar isolada do mercado internacional. "Não podemos ser a mosca branca do mundo." (JS)



Texto Anterior: Vence amanhã prazo para país se defender em NY
Próximo Texto: Imprensa: Novo caderno sobre negócios estréia hoje
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.