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MERCADO FINANCEIRO
Atenção dos investidores fica no cenário externo; mercado dos EUA subiu com queda do petróleo
Após ajustes, dólar volta a cair e Bolsa sobe
DENYSE GODOY
DA FOLHA ONLINE
Depois de um dia de ajustes, o
dólar comercial retomou ontem a
trajetória de queda e a Bovespa
voltou a avançar, acompanhando
o otimismo na Bolsa de Nova
York. A moeda norte-americana
caiu 0,09%, para R$ 2,071, e a Bolsa brasileira teve alta de 0,13%,
com 40.975 pontos e giro de R$
3,090 bilhões. O risco Brasil permaneceu estável em 215 pontos.
Todas as atenções se concentraram no cenário externo. A forte
queda do petróleo -o barril terminou o dia abaixo dos US$ 70 no
exterior- animou os investidores, que também acompanharam
a evolução dos rendimentos dos
treasuries (títulos do Tesouro
norte-americano), que ficaram
em 5,15% ao ano.
As Bolsas norte-americanas subiram também devido à divulgação de dados econômicos positivos, entre eles as vendas fortes no
varejo dos EUA em abril e o aumento da produtividade dos trabalhadores no primeiro trimestre.
"A moeda norte-americana não
tem muito espaço para subir, porém vamos presenciar no curto
prazo pausas no seu -movimento de queda ou ligeiras altas de
acordo com as notícias que saírem, especialmente as que dizem
respeito aos juros nos EUA", afirma Miriam Tavares, diretora de
câmbio da corretora AGK.
Quando a taxa de juros norte-americana sobe muito, atrai investidores, que abandonam suas
aplicações em mercados como o
brasileiro buscando menores riscos, daí a sua elevação provocar
nervosismo. Para os especialistas,
as cotações devem variar de R$
2,05 a R$ 2,10 nos próximos dias.
Na Bovespa, o destaque foram
os papéis preferenciais da Vivo,
que recuaram mais de 6% depois
que a empresa informou ter registrado prejuízo de R$ 179,3 milhões no primeiro trimestre -desempenho que decepcionou.
Estrangeiros
O saldo de investimentos estrangeiros na Bolsa ficou positivo
em R$ 1,188 bilhão em abril, resultado de compras de R$ 16,704 bilhões e vendas de R$ 15,516 bilhões. O superávit acumulado no
ano é de R$ 3,225 bilhões.
Os estrangeiros tiveram a maior
participação no volume de negociações na Bolsa brasileira no mês
passado, com 35,58%. Os institucionais ficaram em segundo, com
26,84%; as pessoas físicas tiveram
23,76%; as instituições financeiras, 12,17%; e as empresas, 1,5%.
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