São Paulo, sexta-feira, 05 de maio de 2006

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MERCADO FINANCEIRO

Atenção dos investidores fica no cenário externo; mercado dos EUA subiu com queda do petróleo

Após ajustes, dólar volta a cair e Bolsa sobe

DENYSE GODOY
DA FOLHA ONLINE

Depois de um dia de ajustes, o dólar comercial retomou ontem a trajetória de queda e a Bovespa voltou a avançar, acompanhando o otimismo na Bolsa de Nova York. A moeda norte-americana caiu 0,09%, para R$ 2,071, e a Bolsa brasileira teve alta de 0,13%, com 40.975 pontos e giro de R$ 3,090 bilhões. O risco Brasil permaneceu estável em 215 pontos.
Todas as atenções se concentraram no cenário externo. A forte queda do petróleo -o barril terminou o dia abaixo dos US$ 70 no exterior- animou os investidores, que também acompanharam a evolução dos rendimentos dos treasuries (títulos do Tesouro norte-americano), que ficaram em 5,15% ao ano.
As Bolsas norte-americanas subiram também devido à divulgação de dados econômicos positivos, entre eles as vendas fortes no varejo dos EUA em abril e o aumento da produtividade dos trabalhadores no primeiro trimestre.
"A moeda norte-americana não tem muito espaço para subir, porém vamos presenciar no curto prazo pausas no seu -movimento de queda ou ligeiras altas de acordo com as notícias que saírem, especialmente as que dizem respeito aos juros nos EUA", afirma Miriam Tavares, diretora de câmbio da corretora AGK.
Quando a taxa de juros norte-americana sobe muito, atrai investidores, que abandonam suas aplicações em mercados como o brasileiro buscando menores riscos, daí a sua elevação provocar nervosismo. Para os especialistas, as cotações devem variar de R$ 2,05 a R$ 2,10 nos próximos dias.
Na Bovespa, o destaque foram os papéis preferenciais da Vivo, que recuaram mais de 6% depois que a empresa informou ter registrado prejuízo de R$ 179,3 milhões no primeiro trimestre -desempenho que decepcionou.

Estrangeiros
O saldo de investimentos estrangeiros na Bolsa ficou positivo em R$ 1,188 bilhão em abril, resultado de compras de R$ 16,704 bilhões e vendas de R$ 15,516 bilhões. O superávit acumulado no ano é de R$ 3,225 bilhões.
Os estrangeiros tiveram a maior participação no volume de negociações na Bolsa brasileira no mês passado, com 35,58%. Os institucionais ficaram em segundo, com 26,84%; as pessoas físicas tiveram 23,76%; as instituições financeiras, 12,17%; e as empresas, 1,5%.


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