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AVIAÇÃO
Brasileiros são mantidos fora do comando da VarigLog
FERNANDA ODILLA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Os sócios brasileiros da
VarigLog permanecem afastados do comando da empresa por decisão da 17ª Vara Cível de São Paulo. O juiz Carlos Dias Motta nem sequer
analisou o mérito do recurso
apresentado pela defesa de
Marco Antonio Audi e Marcos Haftel, alegando que o
valor das custas processuais
não foi pago e que não prestigiaria "a má-fé processual".
Para representantes jurídicos do fundo norte-americano Matlin Patterson, que
controla a Volo Logística
LLC, dona da empresa de
carga, a exclusão é definitiva.
Eles afirmam que os brasileiros terão de pagar R$ 4 milhões de custas e honorários
dos advogados da Volo.
O advogado dos sócios brasileiros, Alexandre Thiollier,
já prepara recurso. Alega ainda que a decisão judicial contém equívocos jurídicos e fere a legislação de custas. "A
briga continua, não há nada
definitivo. Vamos reverter",
afirmou Thiollier, que estuda entrar com pedido de suspeição do juiz Dias Motta.
Em novembro do ano passado, o primeiro responsável
pelo processo, juiz José Paulo Magano, foi afastado da
ação por comentar detalhes
do processo em andamento.
Menos de um mês depois
de substituir Magano, o juiz
Dias Motta decidiu excluir
do comando da VarigLog os
sócios brasileiros por má
gestão e desvio de recursos.
A compra da VarigLog pelo
fundo norte-americano e os
sócios brasileiros tornou-se
polêmica depois que a ex-diretora da Anac Denise Abreu
denunciou interferência da
Casa Civil para favorecer o
grupo, que tem entre os representantes jurídicos advogados do escritório de Roberto Teixeira, compadre do
presidente Lula. A Casa Civil
e o escritório de Teixeira negam as acusações.
A empresa está em processo de recuperação judicial,
renegociando dívidas.
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