São Paulo, quarta-feira, 05 de maio de 2010

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Vaivém das commodities

MAURO ZAFALON - mauro.zafalon@uol.com.br

SEM PROBLEMAS
Apesar da quebra de 1 milhão de toneladas na produção de arroz no Rio Grande do Sul, principal fornecedor nacional, o país não terá problemas de abastecimento, na avaliação da Conab. O consumo é de 13 milhões de toneladas e a produção atingirá 11 milhões. Para Regina Santos, da Conab, o Brasil poderá recorrer à importação.

PREÇO COMPETITIVO
As importações podem chegar a 2 milhões de toneladas, com parte do produto vinda de países asiáticos. Com o câmbio atual, o fardo (30 quilos) do produto tailandês chega ao Brasil por R$ 28, valor competitivo com o praticado internamente, diz Santos.

CUSTOS SOBEM
Os gastos com importações de fertilizantes atingiram US$ 1,2 bilhão no primeiro quadrimestre, segundo dados da Secex. Esse valor supera em três vezes o de igual período de 2009, quando o setor agrícola vivia a ressaca da forte retração mundial da economia.

RECOMPOSIÇÃO
As importações ocorrem em um cenário de preços internacionais menores do que os anteriores ao período da crise mundial. As indústrias repõem estoques à espera de vendas maiores a partir de agora, quando os produtores se preparam para o plantio de verão.

CONTRATO DE ÁLCOOL
A BM&FBovespa definiu que o contrato de álcool hidratado começa a ser negociado no próximo dia 17. O contrato, com base em negociações em Paulínia, terá liquidação financeira, segundo Ivan Wedekin, diretor de commodities da Bolsa.

SACA A R$ 170
O preço do feijão voltou a subiu ontem nas principais regiões produtoras do país. A saca do tipo carioquinha chegou a ser negociada a R$ 170. Na média, segundo pesquisa da Folha, a saca ficou em R$ 141. A queda no plantio da safra que está sendo colhida provocou o aumento nos preços. Analistas do setor acreditam na sustentação dos preços nos próximos meses.

LUCRO DA ADM
A ADM anunciou ontem nos Estados Unidos lucro líquido de US$ 421 milhões no trimestre encerrado em 31 de março. Em igual período anterior, quando o mundo vivia os efeitos da crise, o lucro havia sido de apenas US$ 3 milhões. O lucro operacional do período subiu para US$ 696 milhões.

EM NOVE MESES
Já no acumulado dos últimos noves meses terminados em 31 de março, a ADM teve lucro líquido de US$ 1,5 bilhão, abaixo do US$ 1,6 bilhão de igual período anterior. Demanda maior de biodiesel na Europa e na América do Sul auxiliou na elevação das receitas da empresa.


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