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China tenta recusar óleos vegetais
DA REUTERS
A China, maior país importador de soja do mundo, está tentando agora cancelar ou renegociar contratos para compra de
óleos vegetais, da mesma maneira
como tem tentado fazer com milhões de toneladas de soja compradas da América do Sul.
Traders e fontes da indústria
afirmaram que havia rumores da
falta de pagamento no mercado
de óleo de palma, altamente fragmentado, com miniplayers que
podem não agüentar muitas perdas, seguindo a queda nos preços
internacionais dos óleos assim como nos valores dos fretes.
Pelo menos três carregamentos
de óleo de soja da América do Sul
estavam sendo desviados para a
Índia, já que compradores chineses enfrentam problemas financeiros devido à restrição de crédito adotada pelo governo.
Eles temem que a China renegue mais contratos de óleo de palma além das quase 250 mil toneladas já sob risco de cancelamento.
"É um pesadelo", afirmou um
trader sênior de uma corretora
em Pequim, que tem negociado
com compradores chineses carregamentos reservados antes do
forte recuo dos futuros em Chicago e dos valores dos fretes.
Traders estimaram que a China
também tenha cancelado de 20
mil a 30 mil toneladas de óleo de
soja nesta semana, já que os preços dos óleos vegetais domésticos
caíram em meio à chegada da safra nacional de colza, uma oleaginosa que contém mais óleo.
Encontro sobre crise
No mercado de soja, membros
da indústria afirmaram que esmagadores planejam um terceiro
encontro para discutir a crise na
segunda, em Pequim.
Eles discutirão como estabilizar
o mercado doméstico depois que
a tentativa de recuperar os preços
internos do farelo de soja para
mais de US$ 350 falhou. Muitos
esmagadores baixaram suas ofertas na tentativa desesperada de
aumentar o fluxo de caixa.
"O preço mínimo estabelecido
anteriormente já foi quebrado",
disse um trader em Pequim, afirmando que um esmagador no leste da China estava oferecendo farelo ontem a US$ 312 a tonelada.
Muitos esmagadores chineses
estão negociando com os fornecedores o cancelamento ou o atraso
da entrega de 20 a 30 carregamentos de soja da América do Sul, devido à liquidez reduzida.
Traders estão receosos de que
os problemas na China, especialmente com relação aos óleos vegetais, se agravem se os preços internacionais continuarem caindo.
Eles disseram que o preço atual
do óleo de soja da América do Sul
está em torno de US$ 550 por tonelada, comparado com a faixa de
US$ 630 a US$ 720 por tonelada
registrada na época em que a
maioria das compras foi fechada.
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