DA REDAÇÃO

O número de novos postos de trabalho na economia norte-americana cresceu acima do esperado. De acordo com dados do Departamento de Trabalho dos EUA, houve um acréscimo de 248 mil vagas em maio.
Os 947 mil postos de trabalho criados entre março e maio deste ano marcam o mais expressivo crescimento num período de três meses em quatro anos. A taxa de desemprego, porém, permaneceu inalterada em 5,6%. Segundo o departamento, a manutenção da taxa nesse patamar é causada pelo aumento do número de pessoas que procuram emprego.
O secretário do Tesouro americano, John Snow, declarou que esses dados demostram uma "força incontestável" da economia dos Estados Unidos.
A expansão do mercado de trabalho alimenta a convicção do mercado de que o Fed (banco central dos EUA) vá elevar a taxa de juros no próximo encontro do banco, no final deste mês.
"Claramente a recuperação sem empregos ficou para trás", disse o economista Gary Thayer, da corretora A.G. Edwards and Sons Inc. "A economia provavelmente não precisa mais de muito estímulo. O Fed deve começar a aumentar a taxa de juros em breve", disse.
"Ainda existe bastante folga no mercado de trabalho, mas o Fed já viu o que precisava ver no emprego e agora pode apertar com confiança de que a economia não perderá força no primeiro sinal de aumento de juros", disse Stephen Stanley, economista-chefe do RBS Greenwich Capital.
"Felizmente, o mercado não será pego de surpresa desta vez porque as autoridades do banco central têm comunicado suas intenções claramente", afirmou Sung Won Sohn, do Wells Fargo.
Impulsionado pelo quadro positivo do emprego nos EUA, a Bolsa de NY registrou alta ontem. O índice Dow Jones subiu 46,91 pontos e fechou em 10.242 pontos. O Nasdaq, que concentra ações de tecnologia, encerrou em 1.978 pontos, um acréscimo de 18,96 pontos. Já o S&P 500 ganhou 5,87 pontos, ficando em 1.122,51 pontos.