|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
TRABALHO
Acordo regulamenta trabalho aos domingos no varejo
PEDRO SOARES
DA SUCURSAL DO RIO
Após mais de três anos de
negociação, centrais sindicais e representantes do comércio fecharam um acordo
que regulamenta o trabalho
aos domingos e assegura até
duas folgas mensais aos empregados do setor no primeiro dia da semana.
Mediado pelo Ministério
do Trabalho, o acerto prevê
uma folga dominical a cada
dois domingos trabalhados.
Até então, a prática das empresas era dar uma folga para
cada três domingos.
O acordo terá validade legal, pois o protocolo assinado
ontem no Rio será encaminhado ao Congresso sob forma de medida provisória.
"Esse acordo regulamenta
uma prática que já existe,
que é o trabalho aos domingos", disse o ministro do Trabalho, Carlos Lupi.
O ministro afirmou ainda
que a área técnica do governo está revisando os termos
do acordo antes de editar a
medida a fim de checar qualquer ponto que possa ferir a
legislação já existente.
Pelo entendimento, todas
as questões sobre as compensações financeiras pelo
trabalho aos domingos serão
acertadas em negociação direta entre os empregados e
os empregadores.
O acordo também regulamenta o trabalho no comércio nos feriados. Nesse caso,
folgas ou abonos serão definidos por negociação direta.
Na visão de Lupi, o acerto
vai gerar empregos em muitas empresas, pois reduzirá
as equipes nos domingos, e
elas, em alguns casos, terão
de ser reforçadas.
Para José Carlos Gonçalves, o Juruna, secretário da
Força Sindical, o acordo é
"um ponto importante na
construção do futuro das relações trabalhistas".
"A maior parte dos sindicatos que representam os comerciários é contra a abertura aos domingos. Mas, diante
de uma legislação que permite a abertura e, em atenção
aos consumidores, o acordo é
um passo importante para
abrir espaço para novas conquistas", afirmou Ricardo
Patah, presidente do Sindicato dos Comerciários de
São Paulo.
Já Nathan Schiper, representante da CNC (Confederação Nacional do Comércio), disse que o melhor caminho para as relações entre
empregados e empregadores
é o da livre negociação.
Colaborou a Reportagem Local
Texto Anterior: Frase Próximo Texto: Planejamento: Gastos do PAC terão atraso, diz Bernardo Índice
|