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SP e MG têm desempenho melhor, aponta IBGE
PEDRO SOARES
DA SUCURSAL DO RIO
A crise afetou de modo distinto as diferentes regiões do
país, e dois dos maiores polos
industriais nacionais começam
a liderar a ainda discreta recuperação do setor: São Paulo e
Minas Gerais, segundo o IBGE.
De janeiro a abril, quando
voltou a crescer, a indústria
paulista acumula alta de 5,5%.
Em Minas, a expansão foi de
10,9% no período. Na média, o
crescimento ficou em 6,2%.
São Paulo exerceu a principal
influência positiva no período.
"Há um claro destaque para
São Paulo, que tem o impacto
mais significativo", disse o economista da coordenação de indústria do IBGE, André Macedo. Tanto a indústria paulista
como a mineira se beneficiam
da retomada da produção de
veículos, puxados pelo crédito e
pela redução de tributos.
Na fase inicial de agravamento da crise, porém, os dois Estados puxaram as perdas. No último trimestre de 2008, a produção industrial paulista caiu
18,9%. Em Minas, a queda somou 31% de julho a dezembro.
Pelos dados do IBGE, a produção caiu em metade dos 14
locais pesquisados de março
para abril na taxa livre de influências sazonais. Os melhores desempenhos ficaram com
Espírito Santo (7,1%), Goiás e
Rio Grande do Sul (ambos com
2,3%) e Ceará (1,7%) -todos
acima da média nacional (1,1%).
Também tiveram taxas positivas São Paulo (1%), Minas Gerais (0,6%) e Santa Catarina
(0,5%). Na outra ponta, as
maiores quedas ficaram com
Bahia (-11%), região Nordeste
(-5,1%) e Amazonas (-5%).
Apesar da melhora na ponta,
a produção industrial cedeu em
todas as regiões no acumulado
do primeiro quadrimestre ante
igual período de 2008. As maiores perdas ficaram com Espírito Santo (-30%), Minas Gerais
(-23%) e Amazonas (-19%).
No confronto com abril de
2008, os 14 locais pesquisados
também mostraram retração,
com destaque para Espírito
Santo (-26,7%), Minas Gerais
(-21,6%) e Amazonas (-21%).
Para o Iedi (Instituto de Estudos para o Desenvolvimento
Industrial), o comportamento
distinto dos diversos setores
explica as diferentes reações.
"Os resultados menos favoráveis decorrem da retração da
produção nos setores de bens
de capital, bens de consumo
duráveis e de setores voltados
para a exportação de commodities industriais, como minérios
de ferro e produtos siderúrgicos", diz o instituto.
Tais ramos são concentrados
em certos Estados, como minério em Minas Gerais e Pará e siderurgia em Minas e Rio.
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