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ARENA DO MARKETING
Para publicitário, "lembrança é mais forte"
Gente famosa traz retorno a comercial
da Redação
Criador de slogans como
"Não basta ser remédio, tem
que ser Gelol", Dudu de Carvalho, diretor da Movi&Art e assessor de marketing e propaganda do Laboratório Dorsay,
credita parte de seu sucesso publicitário ao uso de "gente famosa" em comerciais.
Um exemplo é o biotônico
Fontoura, que utilizou pela primeira vez essa estratégia.
"Aparentemente, é mais caro,
porque o cachê é maior. Mas o
retorno é melhor, porque o "recall" (lembrança) é mais forte,
o produto fica na memória do
consumidor já na primeira inserção", explicou Carvalho durante a palestra "Casos e casos
de sucesso", que integra o ciclo
de debates "Arena do Marketing", promovido pela Folha.
Em 98, quando houve a Copa
do Mundo, diz o publicitário,
foram vendidos 40 milhões de
unidades do biotônico.
"A Copa é um evento importante e os patrocinadores chegam a usar vinhetas especiais.
Nós colocamos não uma vinheta especial, mas utilizamos chamadas curtas, trechos do filme
nos intervalos dos jogos, o que
nos levou a esse resultado."
Também apostando em atores famosos, a primeira campanha do Vitasay teve Pelé como
personagem.
Na linha de cosméticos, o
destaque é o comercial do xampu Monange, que usou atores
"espantados" com o preço baixo do produto em comparação
com os xampus "comuns".
As vendas passaram de 500
mil para 3,6 milhões de unidades por mês.
O publicitário enfatiza ainda
que procura sempre atores que
estão em foco na mídia. "Por
exemplo, uso um ator que está
na novela e veiculo a propaganda no intervalo dela", diz.
Nem todas as suas criações,
porém, seguiram essa estratégia. É o caso do antigripal e
analgésico Doril. "A venda de
antigripais é sazonal, concentrada no inverno. Para mudar
isso, inserimos uma brecha dizendo que o remédio funcionaria para gripes e resfriados,
além de acabar com a dor."
Daí surgiu o "Tomou Doril, a
dor sumiu". O Doril se firmou e
chegou a vender 120 milhões de
comprimidos por mês.
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