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Use suas economias para quitar dívidas
DA REPORTAGEM LOCAL
Entre os consultores financeiros, há duas dicas, além da
de diversificar, que estão sendo
repetidas com frequência para
quem, frente à atual turbulência, tem dúvidas sobre onde
aplicar o dinheiro. A primeira é
pagar as dívidas. A segunda é
investir um pequeno percentual das economias em ações.
Como ninguém sabe o futuro
do mercado financeiro e existe
o risco de a inflação voltar a subir por causa da alta do dólar, o
melhor a fazer, para quem tem
dívidas, é tirar o dinheiro das
aplicações e quitá-las.
Assim, explica Mauro Halfeld, consultor e professor da
Universidade Federal do Paraná, a pessoa não corre o risco
de, daqui a alguns meses, a dívida ter crescido mais do que o
dinheiro no banco.
Aplicar no mercado de ações
é uma sugestão para quem suporta oscilação e pode investir
olhando o longo prazo, sem data estipulada para resgate. "Os
preços estão muito atrativos",
diz Carlos Fagundes, consultor
e professor do Ibmec de São
Paulo. É hora de colocar em
prática o ditado que diz "compre na baixa e venda na alta".
De acordo com dados da
Economática, no dia 1º de
agosto, o valor de mercado da
Bovespa (Bolsa de Valores de
São Paulo) fechou em US$ 98,2
bilhões, número próximo ao
que vale, nos EUA, a Philip
Morris (US$ 98,5) e o Bank of
America (US$ 99,7 bilhões).
O valor de mercado da Bovespa é obtido a partir da soma
das cotações de todas as empresas negociadas em seus pregões (214 companhias). A Bolsa do México, com 94 empresas
e que raramente costumava valer menos que a brasileira, no
dia 1º, somava US$ 121 bilhões.
Dólar e ouro, que, até alguns
meses atrás, eram aplicações
sugeridas em estratégias de diversificação, agora estão fora
das recomendações. O motivo
é o preço muito alto. "Dólar,
nos níveis da semana passada,
não se sustenta", diz Fagundes.
Quanto à indicação de investimentos em imóveis, não há
consenso entre os consultores.
Halfeld, por exemplo, acha que
o mercado imobiliário está em
ótimo ponto de compra. "Com
a atual turbulência, haverá um
"boom" no setor", diz.
Ricardo Humberto Rocha
não descarta os imóveis como
opção de diversificação, mas
alerta que é preciso avaliar com
muito critério a compra, pois o
custo de carregamento ao longo do tempo, com impostos,
condomínio e reforma, é alto.
Além disso, em caso de confisco, a tendência seria de os
preços dos imóveis caírem, já
que ninguém teria dinheiro para comprá-los.
(IC)
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