São Paulo, quinta-feira, 05 de agosto de 2004

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BARRIL DE PÓLVORA

Presidente do cartel volta atrás e acena com mais produção; cotações recuam

Opep, agora, fala em aumentar oferta

DA REDAÇÃO

A mudança no discurso do presidente da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) e a elevação dos estoques de gasolina nos EUA aliviaram um pouco a pressão sobre os preços de petróleo ontem.
O presidente da Opep, o indonésio Purnomo Yusgiantoro, reviu sua posição ontem ao afirmar que os países da Opep poderão aumentar sua produção em até 1,5 milhão de barris por dia até o fim do ano. "A Opep continua preocupada com a elevação dos preços do petróleo. A organização continua em seus esforços para para garantir preços justos para produtores e consumidores", disse Purnomo.
Anteontem, o presidente da Opep negava a possibilidade de o cartel ampliar sua produção.
Em Nova York, o preço do barril negociado para entrega em setembro fechou em queda de 2,99%, vendido a US$ 42,83. Em Londres, onde os preços do intraday (preço durante o dia de negócios) bateram recordes ontem, o barril do tipo Brent fechou cotado a US$ 39,40, em queda de 2,31%.
Outra notícia que trouxe alívio para o mercado foi o anúncio pela agência de energia dos EUA de que os estoques de gasolina do país estão crescendo. Segundo os dados oficiais, os estoques aumentaram 2,4 milhões de barris na última semana.
A elevação surpreendeu analistas do setor que esperavam uma queda de até 600 mil barris por conta do aumento na demanda provocado pelas férias de verão.

Yukos
O receio de analistas sobre o futuro da gigante petrolífera russa Yukos foi atenuado ontem. Autoridades russas indicaram que a empresa poderá usar seus recursos para garantir as exportações.
As boas notícias sobre o petróleo ajudaram as Bolsas americanas a recuperarem as perdas do início do dia. O Dow Jones fechou em leve alta de 0,06%, aos 10.126 pontos. Já o índice das empresas de tecnologia, Nasdaq, encerrou em pequena queda de 0,23%, aos 1.855 pontos.
Para evitar que os produtores locais transfiram sua vendas para o exterior, a Argentina decidiu elevar sua tarifa para exportação.
As taxas variarão entre 3% a 20%, mas, se o preço do petróleo chegar a US$ 45, essa taxa poderá subir para 45%.


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