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BARRIL DE PÓLVORA
Presidente do cartel volta atrás e acena com mais produção; cotações recuam
Opep, agora, fala em aumentar oferta
DA REDAÇÃO
A mudança no discurso do presidente da Opep (Organização
dos Países Exportadores de Petróleo) e a elevação dos estoques de
gasolina nos EUA aliviaram um
pouco a pressão sobre os preços
de petróleo ontem.
O presidente da Opep, o indonésio Purnomo Yusgiantoro, reviu sua posição ontem ao afirmar
que os países da Opep poderão
aumentar sua produção em até
1,5 milhão de barris por dia até o
fim do ano. "A Opep continua
preocupada com a elevação dos
preços do petróleo. A organização
continua em seus esforços para
para garantir preços justos para
produtores e consumidores", disse Purnomo.
Anteontem, o presidente da
Opep negava a possibilidade de o
cartel ampliar sua produção.
Em Nova York, o preço do barril negociado para entrega em setembro fechou em queda de
2,99%, vendido a US$ 42,83. Em
Londres, onde os preços do intraday (preço durante o dia de negócios) bateram recordes ontem, o
barril do tipo Brent fechou cotado
a US$ 39,40, em queda de 2,31%.
Outra notícia que trouxe alívio
para o mercado foi o anúncio pela
agência de energia dos EUA de
que os estoques de gasolina do
país estão crescendo. Segundo os
dados oficiais, os estoques aumentaram 2,4 milhões de barris
na última semana.
A elevação surpreendeu analistas do setor que esperavam uma
queda de até 600 mil barris por
conta do aumento na demanda
provocado pelas férias de verão.
Yukos
O receio de analistas sobre o futuro da gigante petrolífera russa
Yukos foi atenuado ontem. Autoridades russas indicaram que a
empresa poderá usar seus recursos para garantir as exportações.
As boas notícias sobre o petróleo ajudaram as Bolsas americanas a recuperarem as perdas do
início do dia. O Dow Jones fechou
em leve alta de 0,06%, aos 10.126
pontos. Já o índice das empresas
de tecnologia, Nasdaq, encerrou
em pequena queda de 0,23%, aos
1.855 pontos.
Para evitar que os produtores
locais transfiram sua vendas para
o exterior, a Argentina decidiu
elevar sua tarifa para exportação.
As taxas variarão entre 3% a
20%, mas, se o preço do petróleo
chegar a US$ 45, essa taxa poderá
subir para 45%.
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