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Porto de Santos sobe 6 posições e vira o 39º mais movimentado
MARIANA CAMPOS
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SANTOS
O porto de Santos, no litoral
de São Paulo (85 km a sudeste
da capital paulista), subiu seis
posições em ranking mundial
dos cem principais portos em
movimentação de contêineres,
que é divulgado anualmente
pela publicação britânica "Cargo Systems". Santos passou da
45ª posição em 2004 para o 39º
lugar no ano passado.
O levantamento foi divulgado na última sexta-feira pela
Codesp (Companhia Docas do
Estado de São Paulo), estatal
que administra o porto santista, e é realizado com base em
números das administrações
portuárias. Desde 2001, Santos
subiu 22 posições no ranking
da revista especializada.
De acordo com os dados divulgados, Santos continua sendo o primeiro colocado entre os
portos da América do Sul, o segundo do hemisfério Sul (atrás
apenas do de Jacarta, na Indonésia) e o sexto do continente
americano (atrás dos equivalentes de Los Angeles, Long
Beach, Nova York, Cidade do
Panamá e Oakland).
Com uma movimentação de
2.267.921 TEUs (unidade equivalente a um contêiner de 20
pés), Santos registrou crescimento de 20,5% em relação ao
total movimentado no ano anterior (1.882.639 de TEUs).
Em unidades, passaram pelo
complexo santista no ano passado 1,478 milhão de contêineres, 18,55% a mais que no mesmo período de 2004, quando
foram verificados 1,247 milhão.
Problemas
Mas, mesmo com os números crescentes na movimentação de contêineres, o porto de
Santos continua a apresentar
problemas crônicos que são objeto de críticas constantes.
A dragagem, citada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na última quinta-feira,
quando esteve na cidade vizinha do Guarujá em visita a
obras do complexo, é um deles.
Na semana passada, Lula cobrou um acordo entre Codesp,
Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental), Estado e prefeituras para
tentar resolver a questão.
"[O porto] vai precisar de um
canal de, pelo menos, 14 m ou
15 m [de profundidade]. Se ele
ficar do jeito que está hoje, com
11 m ou 12 m, vai perder competitividade para outros portos
brasileiros", disse Lula.
Segundo a Codesp, um dos
entraves para a resolução do
problema da dragagem é o limite imposto pela Cetesb de 300
mil metros cúbicos por mês para o volume total a ser despejado na área de descarte. Para a
estatal, o limite é menor do que
o necessário, pois o porto precisa dragar 5 milhões de metros
cúbicos por ano, cerca de 416
mil metros cúbicos por mês.
No mês passado, o CAP
(Conselho de Autoridade Portuária) pediu à Cetesb o aumento do limite mensal para
500 mil metros cúbicos.
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