São Paulo, terça-feira, 05 de setembro de 2006

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Porto de Santos sobe 6 posições e vira o 39º mais movimentado

MARIANA CAMPOS
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SANTOS

O porto de Santos, no litoral de São Paulo (85 km a sudeste da capital paulista), subiu seis posições em ranking mundial dos cem principais portos em movimentação de contêineres, que é divulgado anualmente pela publicação britânica "Cargo Systems". Santos passou da 45ª posição em 2004 para o 39º lugar no ano passado.
O levantamento foi divulgado na última sexta-feira pela Codesp (Companhia Docas do Estado de São Paulo), estatal que administra o porto santista, e é realizado com base em números das administrações portuárias. Desde 2001, Santos subiu 22 posições no ranking da revista especializada.
De acordo com os dados divulgados, Santos continua sendo o primeiro colocado entre os portos da América do Sul, o segundo do hemisfério Sul (atrás apenas do de Jacarta, na Indonésia) e o sexto do continente americano (atrás dos equivalentes de Los Angeles, Long Beach, Nova York, Cidade do Panamá e Oakland).
Com uma movimentação de 2.267.921 TEUs (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés), Santos registrou crescimento de 20,5% em relação ao total movimentado no ano anterior (1.882.639 de TEUs).
Em unidades, passaram pelo complexo santista no ano passado 1,478 milhão de contêineres, 18,55% a mais que no mesmo período de 2004, quando foram verificados 1,247 milhão.

Problemas
Mas, mesmo com os números crescentes na movimentação de contêineres, o porto de Santos continua a apresentar problemas crônicos que são objeto de críticas constantes.
A dragagem, citada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na última quinta-feira, quando esteve na cidade vizinha do Guarujá em visita a obras do complexo, é um deles.
Na semana passada, Lula cobrou um acordo entre Codesp, Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental), Estado e prefeituras para tentar resolver a questão.
"[O porto] vai precisar de um canal de, pelo menos, 14 m ou 15 m [de profundidade]. Se ele ficar do jeito que está hoje, com 11 m ou 12 m, vai perder competitividade para outros portos brasileiros", disse Lula.
Segundo a Codesp, um dos entraves para a resolução do problema da dragagem é o limite imposto pela Cetesb de 300 mil metros cúbicos por mês para o volume total a ser despejado na área de descarte. Para a estatal, o limite é menor do que o necessário, pois o porto precisa dragar 5 milhões de metros cúbicos por ano, cerca de 416 mil metros cúbicos por mês.
No mês passado, o CAP (Conselho de Autoridade Portuária) pediu à Cetesb o aumento do limite mensal para 500 mil metros cúbicos.


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