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A capitalização da Petrobras poderá ser feita em mais de uma etapa, afirmou o diretor financeiro da empresa, Almir Barbassa.
"A lei proposta diz que a operação deve ser feita em 12 meses a partir da aprovação. Pode ser feita em uma vez, em duas vezes, com valores menores do que o total", disse, após palestra no Ibef (Instituto Brasileiro dos Executivos de Finanças), no Rio de Janeiro.
Na capitalização, a Petrobras emitirá ações para obter recursos que serão usados na compra de até 5 bilhões de barris em reservas que serão cedidas pela União à empresa. A data da capitalização só será conhecida depois de o projeto ser aprovado no Congresso, onde tramita junto com o novo marco regulatório do petróleo.
Barbassa disse que a Petrobras pediu a unitização de um reservatório adjacente à área de Iara, no pré-sal, à ANP (Agência Nacional do Petróleo). Trata-se da integração de um reservatório da União a outra área já concedida a empresas. O pedido ocorre quando há vazamento de óleo entre uma área e outra.
Em Iara, a Petrobras é sócia da BP e da Petrogal. "Estamos conversando com eles. Não vai ser muito rápido porque o reservatório ainda está sendo testado", disse Barbassa.
Sobre a intenção do governo de ter maioria no capital da Petrobras, revelada à Folha pelo ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, Barbassa disse que "todo controlador tem direito de comprar ou vender ações da controlada", mas negou conhecer o assunto.

Outras empresas
Pela manhã, o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, recebeu representantes do IBP (Instituto Brasileiro do Petróleo e Gás) na sede da empresa. A entidade reúne as petroleiras privadas, além da própria Petrobras
No encontro, as empresas indicaram interesse em ser parceiras da Petrobras no pré-sal, segundo Barbassa. A Petrobras também indicou que, apesar da exclusividade na operação dos blocos do pré-sal, haverá espaço para outras empresas.


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