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São Paulo, domingo, 05 de outubro de 2003

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Embaixada do Brasil descobriu grupo em 2001

DA REPORTAGEM LOCAL

A Embaixada do Brasil em Pequim "descobriu" os brasileiros que trabalham na indústria de calçados no sul da China apenas em 2001. Com receio de que seus ganhos viessem a ser tributados de novo no Brasil, muitos deles preferiam manter-se anônimos e evitavam contato com as autoridades brasileiras.
A "descoberta" ocorreu quando Celso Luiz Kiefer foi renovar seu passaporte em Pequim. O chefe do serviço consular na época, Renato Amorim, interessou-se pela história de Kiefer, que lhe informou da existência de dezenas de outros brasileiros que, como ele, trabalhavam no setor de calçados local.
A embaixada começou um processo de aproximação com o grupo. O objetivo era fazer o registro de todos, para efeito estatístico e de assistência. Esse procedimento permitiria que a embaixada os localizasse caso houvesse necessidade. Além disso, o serviço consular poderia emitir documento comprovando sua residência no exterior por mais de um ano, o que dá imunidade tributária no retorno ao Brasil.
O primeiro passo foi uma missão itinerante do consulado a Dongguan, que está a 2.500 quilômetros de Pequim. Quase ninguém se registrou. Alguns meses depois, outra missão foi realizada, com mais sucesso.
Nas eleições de 2002, a embaixada montou na empresa Paramont, em Dongguan, a única seção eleitoral no exterior fora de uma dependência do Itamaraty. Amorim presidiu a eleição e esteve em Dongguan cerca de cinco vezes desde 2001. (CT)


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