DA SUCURSAL DO RIO

Para a funcionária pública Ana Cristina Macedo da Silva, 40, a mulher mudou sua avaliação de prioridades e hoje dá mais valor à estabilidade financeira do que à manutenção de um relacionamento.
Silva voltou à faculdade para realizar um novo concurso em busca de uma melhor remuneração. Ela se formou em turismo e fez pós-graduação em marketing, mas decidiu mudar de área e prestar concurso público. Atualmente, está cursando direito.
"Estou investindo, pretendo fazer outro concurso. A mulher hoje está mais preocupada em ter uma estabilidade do que em se prender."
A funcionária pública se mudou de São Paulo para o Rio de Janeiro com o marido. O casamento acabou, mas ela acabou optando por ficar na cidade. Sem filhos, ela afirma que é uma pessoa caseira e que gosta de morar sozinha. "Depois de um tempo, a gente acostuma", disse.

Planos
Morar sozinha é o plano da empregada doméstica Maria da Conceição dos Santos, 67. Bisavó, ela sustenta a família desde que o marido morreu, há 23 anos.
Atualmente mora com uma filha e dois netos, mas planeja ter sua própria casa. "Quando a gente chega a uma certa idade, começa a ficar mais exigente. Sou muito caprichosa, quero ter as coisas arrumadas do meu jeito e a juventude tem o jeito dela, não é?", disse.
Santos começou a trabalhar fora aos 28 anos, depois de casada. Antes disso, trabalhava em casa em atividades como serviços de costura e bordados. Casou e resolveu ajudar o marido a sustentar a casa.
Depois que o marido morreu, ela passou a custear as despesas com roupa, educação, alimentação e cuidou das contas da casa. "Logo depois meus filhos começaram a trabalhar", disse. Ainda hoje, Santos ajuda a família. Ela tem um bisneto de sete anos e outro de cinco meses. A renda do trabalho como doméstica é de cerca de dois salários mínimos, mas ela ainda recebe aposentadoria como complementação. (JL)


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