País fica atrás de demais Brics e dos EUA, segundo executivos de multinacionais

Investimento estrangeiro direto deve crescer no mundo até 2009; pesquisa foi realizada antes de crise nos mercados mundiais

DA REDAÇÃO

O Brasil é o quinto destino favorito para IED (Investimento Estrangeiro Direto), segundo pesquisa da Unctad (Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento) com executivos de algumas das principais companhias multinacionais do mundo.
O país foi apontado por 13% dos entrevistados como um dos cinco países em que suas empresas pretendem realizar investimentos entre este ano e 2009. Como na pesquisa realizada para o período de 2005 a 2008, o Brasil ficou atrás de China, Índia, EUA e Rússia. O México foi o outro país da América Latina que apareceu entre os 20 primeiros destinos, com 7% das preferências.
O crescimento do mercado local (29%) e o seu tamanho (24%) são os dois principais atrativos para investir no Brasil, segundo os entrevistados que escolheram o país. A qualidade da mão-de-obra ficou em terceiro lugar, com 10%.
Cenário parecido aconteceu com os demais Brics (grupo que, além do Brasil, conta com Rússia, Índia e China). Em todos esses países, o tamanho e o crescimento do mercado local foram os dois principais atrativos de investimento.
Em países com economias mais consolidadas, como os Estados Unidos e a Alemanha, a estabilidade do ambiente de investimento ficou entre as duas razões mais importantes.
De acordo com os entrevistados, o IED no mundo deve se expandir até 2009, apesar de algumas preocupações com a instabilidade financeira global e o protecionismo em alguns países.
Os questionários foram respondidos entre março e junho, portanto antes da crise nas Bolsas mundiais, que começou em julho e se tornou mais intensa no mês seguinte.
A Unctad enviou as perguntas para 1.500 executivos de empresas multinacionais -selecionadas entre as 5.000 maiores em termos de ativos. Desses, 191 responderam ao questionário. Para o organismo da ONU, esse total não reflete necessariamente a distribuição das maiores companhias, mas diz que a pesquisa não foi influenciada por isso.


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