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Dilma confirma definição para
novo aumento dos combustíveis
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A Petrobras está acelerando o
processo de definição do novo
reajuste dos combustíveis para
evitar especulações de mercado.
"A Petrobras sabe que isso cria
uma expectativa, então está acelerando esse processo [de definição
do reajuste]", disse a ministra Dilma Rousseff (Minas e Energia).
No último dia 14, a Petrobras
anunciou reajuste de 4% para gasolina e 6% para o preço do diesel.
Na ocasião, analistas disseram
que o aumento não havia sido suficiente para cobrir a defasagem
em relação aos preços do mercado internacional e apostavam em
novo reajuste após o segundo turno das eleições municipais.
O próprio ministro da Fazenda,
Antonio Palocci Filho, afirmou
que a Petrobras provavelmente
não havia feito todo o ajuste que
precisava nos combustíveis. O
presidente da Petrobras, José
Eduardo Dutra, defende uma alta
moderada e parcial dos preços
dos combustíveis.
Novo patamar
Ontem, a ministra de Minas e
Energia disse que o governo sabe
que o patamar de preço do barril
de petróleo mudou, mas não sabe
ainda quando haverá novo reajuste da Petrobras.
"A Petrobras está avaliando. Está claro que a Petrobras tem autonomia para fazer os preços dela.
Ela está avaliando isso com critério para definir o tamanho [do
reajuste] que ela fará. O prazo nós
não sabemos, nós achamos que
mudou o patamar, agora não sabemos em que prazo será feito [o
reajuste]", disse a ministra.
Questionada se já havia a certeza de um novo reajuste, ela afirmou: "Parece que [a Petrobras]
fará [um reajuste], mas também
não se tem certeza".
Polêmica
Dilma Rousseff disse que a polêmica entre a Petrobras e o Banco
Central a respeito do reajuste da
gasolina está encerrada. Ela avalia
que a estatal teve uma atitude correta no episódio. "Acho que a Petrobras deu a resposta que lhe cabia dar, na medida em que ela é
responsável [por definir a política
de preços], não porque queira,
mas pela Lei do Petróleo", disse.
Na ata do Copom (Comitê de
Política Monetária, órgão do Banco Central que define a taxa básica
de juros), divulgada na semana
passada, a diretoria do BC escreveu que a "protelação" do reajuste
da gasolina era um fator de pressão inflacionária.
A Petrobras rebateu a ata, em
nota oficial, na qual informou que
não havia indefinição na política
de preços e criticou o BC, que, segundo o texto da nota, "insiste em
estabelecer projeções para o preço da gasolina, sugerindo existir
tabelamento de preços".
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