São Paulo, sexta-feira, 05 de novembro de 2004

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Dilma confirma definição para novo aumento dos combustíveis

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A Petrobras está acelerando o processo de definição do novo reajuste dos combustíveis para evitar especulações de mercado. "A Petrobras sabe que isso cria uma expectativa, então está acelerando esse processo [de definição do reajuste]", disse a ministra Dilma Rousseff (Minas e Energia).
No último dia 14, a Petrobras anunciou reajuste de 4% para gasolina e 6% para o preço do diesel.
Na ocasião, analistas disseram que o aumento não havia sido suficiente para cobrir a defasagem em relação aos preços do mercado internacional e apostavam em novo reajuste após o segundo turno das eleições municipais.
O próprio ministro da Fazenda, Antonio Palocci Filho, afirmou que a Petrobras provavelmente não havia feito todo o ajuste que precisava nos combustíveis. O presidente da Petrobras, José Eduardo Dutra, defende uma alta moderada e parcial dos preços dos combustíveis.

Novo patamar
Ontem, a ministra de Minas e Energia disse que o governo sabe que o patamar de preço do barril de petróleo mudou, mas não sabe ainda quando haverá novo reajuste da Petrobras.
"A Petrobras está avaliando. Está claro que a Petrobras tem autonomia para fazer os preços dela. Ela está avaliando isso com critério para definir o tamanho [do reajuste] que ela fará. O prazo nós não sabemos, nós achamos que mudou o patamar, agora não sabemos em que prazo será feito [o reajuste]", disse a ministra.
Questionada se já havia a certeza de um novo reajuste, ela afirmou: "Parece que [a Petrobras] fará [um reajuste], mas também não se tem certeza".

Polêmica
Dilma Rousseff disse que a polêmica entre a Petrobras e o Banco Central a respeito do reajuste da gasolina está encerrada. Ela avalia que a estatal teve uma atitude correta no episódio. "Acho que a Petrobras deu a resposta que lhe cabia dar, na medida em que ela é responsável [por definir a política de preços], não porque queira, mas pela Lei do Petróleo", disse.
Na ata do Copom (Comitê de Política Monetária, órgão do Banco Central que define a taxa básica de juros), divulgada na semana passada, a diretoria do BC escreveu que a "protelação" do reajuste da gasolina era um fator de pressão inflacionária.
A Petrobras rebateu a ata, em nota oficial, na qual informou que não havia indefinição na política de preços e criticou o BC, que, segundo o texto da nota, "insiste em estabelecer projeções para o preço da gasolina, sugerindo existir tabelamento de preços".


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