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INTEGRAÇÃO
Segundo o ministro, os dois presidentes terão chance de retomar as negociações em um possível encontro de líderes no Chile
Bush e Lula podem rediscutir Alca, diz Furlan
MAURÍCIO SIMIONATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPINAS
O presidente norte-americano
George W. Bush, 58, deve ir ao
Chile nos próximos dias 19 e 20 e
retomar negociações comerciais
entre os Estados Unidos e a América Latina, o que pode incluir temas como a Alca (Área de Livre
Comércio das Américas).
A informação é do ministro
Luiz Fernando Furlan (Desenvolvimento, Indústria e Comércio),
que disse ainda que o presidente
Luiz Inácio Lula da Silva poderá ir
ao Chile para discutir a Alca com
o colega norte-americano -agora fortalecido por sua reeleição.
Bush iria ao Chile participar da
reunião da cúpula presidencial da
Apec (sigla em inglês para Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico), que reúne 21 países, entre
eles Estados Unidos, Japão e China. Por parte dos latino-americanos, Peru, Chile e México fazem
parte da Apec.
"Todo o governo americano estava voltado para as eleições e,
após as eleições, inclusive com remanejamento de alguns dirigentes, nós vamos precisar sentar e
rediscutir a Alca", disse Furlan.
"Provavelmente isso ocorra no
início do ano [2005], mas talvez
com a vinda do presidente Bush à
reunião no Chile, na segunda metade do mês, surja uma oportunidade de uma conversa dele
[Bush] com o presidente Lula."
A informação foi divulgada pelo
ministro após um evento, em
Campinas (SP), que reuniu cerca
de 300 pessoas e discutiu o futuro
do "empreendedorismo social".
A Apec representa um bloco de
mais de 2,5 bilhões de consumidores e quase 50% do comércio
global. O Brasil não faz parte do
bloco. O Itamaraty disse ontem,
por meio de sua assessoria, que
não tinha como confirmar a ida
do presidente Lula ao Chile.
A assessoria da Presidência informou que, até ontem, a agenda
de Lula não previa a viagem. Segundo a assessoria, não há previsão de viagens internacionais do
presidente no restante do ano. A
assessoria destacou, no entanto,
que a agenda pode sofrer alterações nos próximos dias.
O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, declarou
no mês passado que as negociações para a criação da Alca deveriam recomeçar após as eleições
presidenciais norte-americanas.
Estagnadas desde abril deste
ano, as conversações poderão ser
reiniciadas após o preenchimento
dos cargos que conduzem as negociações por parte dos Estados
Unidos, segundo o ministro informou na ocasião.
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