São Paulo, sexta-feira, 05 de novembro de 2004

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INTEGRAÇÃO

Segundo o ministro, os dois presidentes terão chance de retomar as negociações em um possível encontro de líderes no Chile

Bush e Lula podem rediscutir Alca, diz Furlan

MAURÍCIO SIMIONATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPINAS

O presidente norte-americano George W. Bush, 58, deve ir ao Chile nos próximos dias 19 e 20 e retomar negociações comerciais entre os Estados Unidos e a América Latina, o que pode incluir temas como a Alca (Área de Livre Comércio das Américas).
A informação é do ministro Luiz Fernando Furlan (Desenvolvimento, Indústria e Comércio), que disse ainda que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva poderá ir ao Chile para discutir a Alca com o colega norte-americano -agora fortalecido por sua reeleição.
Bush iria ao Chile participar da reunião da cúpula presidencial da Apec (sigla em inglês para Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico), que reúne 21 países, entre eles Estados Unidos, Japão e China. Por parte dos latino-americanos, Peru, Chile e México fazem parte da Apec.
"Todo o governo americano estava voltado para as eleições e, após as eleições, inclusive com remanejamento de alguns dirigentes, nós vamos precisar sentar e rediscutir a Alca", disse Furlan.
"Provavelmente isso ocorra no início do ano [2005], mas talvez com a vinda do presidente Bush à reunião no Chile, na segunda metade do mês, surja uma oportunidade de uma conversa dele [Bush] com o presidente Lula."
A informação foi divulgada pelo ministro após um evento, em Campinas (SP), que reuniu cerca de 300 pessoas e discutiu o futuro do "empreendedorismo social".
A Apec representa um bloco de mais de 2,5 bilhões de consumidores e quase 50% do comércio global. O Brasil não faz parte do bloco. O Itamaraty disse ontem, por meio de sua assessoria, que não tinha como confirmar a ida do presidente Lula ao Chile.
A assessoria da Presidência informou que, até ontem, a agenda de Lula não previa a viagem. Segundo a assessoria, não há previsão de viagens internacionais do presidente no restante do ano. A assessoria destacou, no entanto, que a agenda pode sofrer alterações nos próximos dias.
O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, declarou no mês passado que as negociações para a criação da Alca deveriam recomeçar após as eleições presidenciais norte-americanas.
Estagnadas desde abril deste ano, as conversações poderão ser reiniciadas após o preenchimento dos cargos que conduzem as negociações por parte dos Estados Unidos, segundo o ministro informou na ocasião.


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