ADRIANO CEOLIN
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Após quatro meses de polêmicas e mudanças na relatoria, a indicação de Arthur Badin, 32, para presidir o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) foi aprovada ontem pelo Senado, com 27 votos a favor, 16 contra e duas abstenções. A fusão do Itaú com o Unibanco deverá ser um dos casos que ele terá de mediar.
Badin foi indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em junho, mas passou a ser criticado por congressistas, que argumentavam que ele era "arrogante" e "jovem para o cargo". Empresas como Vale e Nestlé, que tiveram processos de fusão contestados por ele quando era procurador do Cade, estimularam a aversão.
O Ministério da Justiça buscou um relator de oposição para diminuir as resistências, mas governistas também se opunham à indicação. Após três senadores, Eduardo Azeredo (PSDB-MG) assumiu a relatoria, o que garantiu o apoio dos tucanos.
A bancada do DEM deu a maioria dos votos contra Badin. Ligado à ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), Delcídio Amaral (PT-MS) não foi à votação.


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