São Paulo, quinta-feira, 05 de novembro de 2009

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Telefônica aumenta oferta para levar a GVT

Espanhóis pagarão até R$ 6,95 bi pela totalidade das ações da companhia

Analistas acreditam que novo lance pode retirar da disputa a francesa Vivendi, que ofereceu R$ 5,7 bilhões por 100% do capital da GVT

JULIO WIZIACK
DA REPORTAGEM LOCAL

A Telefônica aumentou ontem em 7% o preço de sua oferta pela GVT. Agora, ela oferece R$ 6,95 bilhões por 100% da operadora, mas fecha negócio se ficar com 51% do capital, pagando R$ 50,50 por ação. A proposta anterior, no início de outubro, definia em R$ 6,5 bilhões o valor total da operação, ou R$ 48 por ação.
A venda da GVT para a Telefônica ocorrerá por meio de uma OPA (Oferta Pública para Aquisição de Ações), marcada para dia 19, e não depende da vontade dos controladores da GVT. Isso porque 56% do capital da companhia está pulverizado no mercado.
Na prática, essa transação funcionará como um leilão. De um lado, estarão os acionistas interessados em vender sua participação na GVT. De outro, a Telefônica, adquirindo os papéis pelo preço anunciado. Para que ocorra, a operação só precisa de aprovação da Agência Nacional de Telecomunicações.
A nova oferta da Telefônica ocorre dois dias após a retirada pelos acionistas de uma cláusula que só permitia a venda da GVT por um preço 25% superior ao de mercado. Apesar da mudança, definiram o preço mínimo em R$ 48 por ação.
Com isso, dificultaram o acordo entre os controladores da GVT e a Vivendi. O grupo francês foi o primeiro a dar um lance pela operadora brasileira: R$ 42 por ação, ou R$ 5,7 bilhões por 100% do capital.
A Folha apurou que a Vivendi não desistiu e estuda uma forma de viabilizar a compra sem, necessariamente, entrar em uma guerra de preços.
Analistas acreditam que a nova oferta da Telefônica teve o objetivo de retirar da disputa a Vivendi e qualquer outro candidato. Para eles, comprar a GVT seria a forma mais econômica de a Telefônica ganhar mercado fora de São Paulo, competindo com a Oi. A outra saída seria a construção de uma infraestrutura na área de concessão da Oi, onde a GVT surgiu como operadora "espelho", em 2000.


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