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Telefônica aumenta oferta para levar a GVT
Espanhóis pagarão até R$ 6,95 bi pela totalidade das ações da companhia
Analistas acreditam que novo lance pode retirar da disputa a francesa Vivendi, que ofereceu R$ 5,7 bilhões por 100% do capital da GVT
JULIO WIZIACK
DA REPORTAGEM LOCAL
A Telefônica aumentou ontem em 7% o preço de sua oferta pela GVT. Agora, ela oferece
R$ 6,95 bilhões por 100% da
operadora, mas fecha negócio
se ficar com 51% do capital, pagando R$ 50,50 por ação. A proposta anterior, no início de outubro, definia em R$ 6,5 bilhões
o valor total da operação, ou
R$ 48 por ação.
A venda da GVT para a Telefônica ocorrerá por meio de
uma OPA (Oferta Pública para
Aquisição de Ações), marcada
para dia 19, e não depende da
vontade dos controladores da
GVT. Isso porque 56% do capital da companhia está pulverizado no mercado.
Na prática, essa transação
funcionará como um leilão. De
um lado, estarão os acionistas
interessados em vender sua
participação na GVT. De outro,
a Telefônica, adquirindo os papéis pelo preço anunciado. Para
que ocorra, a operação só precisa de aprovação da Agência Nacional de Telecomunicações.
A nova oferta da Telefônica
ocorre dois dias após a retirada
pelos acionistas de uma cláusula que só permitia a venda da
GVT por um preço 25% superior ao de mercado. Apesar da
mudança, definiram o preço
mínimo em R$ 48 por ação.
Com isso, dificultaram o
acordo entre os controladores
da GVT e a Vivendi. O grupo
francês foi o primeiro a dar um
lance pela operadora brasileira:
R$ 42 por ação, ou R$ 5,7 bilhões por 100% do capital.
A Folha apurou que a Vivendi não desistiu e estuda uma
forma de viabilizar a compra
sem, necessariamente, entrar
em uma guerra de preços.
Analistas acreditam que a
nova oferta da Telefônica teve
o objetivo de retirar da disputa
a Vivendi e qualquer outro candidato. Para eles, comprar a
GVT seria a forma mais econômica de a Telefônica ganhar
mercado fora de São Paulo,
competindo com a Oi. A outra
saída seria a construção de
uma infraestrutura na área de
concessão da Oi, onde a GVT
surgiu como operadora "espelho", em 2000.
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