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VIZINHO
Preços aumentam só 0,5% na Grande Buenos Aires no mês de novembro
Inflação cai na Argentina; crise reflui
MARCELO BILLI
DE BUENOS AIRES
A inflação de novembro na
Grande Buenos Aires foi de apenas 0,5%, informou ontem o instituto oficial de estatísticas da Argentina. A desaceleração da inflação, que ocorre desde junho, desmente os receios de que a desvalorização do peso levaria o país à hiperinflação. A estabilidade de
preços e a calma com que o mercado financeiro reagiu à abertura
do "corralito" animaram o governo, e, ontem, o presidente Eduardo Duhalde chegou a afirmar que
"a recessão acabou".
O governo argentino prevê que
os índices de crescimento serão
positivos nos dois últimos trimestres do ano. Caso a previsão se
confirme, no ministério da Economia, afirma-se que, tecnicamente, a recessão terá chegado ao
fim. Esse seria o terceiro trimestre
consecutivo de crescimento do
PIB. No segundo trimestre, o PIB
cresceu 0,9% em relação aos três
primeiros meses do ano.
Mesmo que os índices sejam
positivos, como prevê o governo,
faltará muito para que o país recupere o terreno perdido nos
quatro anos de recessão. No período, o PIB caiu mais de 20%.
Apenas neste ano, a economia argentina deve encolher 11%.
Os membros do governo estavam mais cautelosos nesta semana, principalmente porque havia
o risco de que a Corte Suprema do
país decretasse a inconstitucionalidade da pesificação - a medida
que converteu para pesos dívidas,
aplicações e depósitos bancários.
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