São Paulo, quinta-feira, 05 de dezembro de 2002

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VIZINHO

Preços aumentam só 0,5% na Grande Buenos Aires no mês de novembro

Inflação cai na Argentina; crise reflui

MARCELO BILLI
DE BUENOS AIRES

A inflação de novembro na Grande Buenos Aires foi de apenas 0,5%, informou ontem o instituto oficial de estatísticas da Argentina. A desaceleração da inflação, que ocorre desde junho, desmente os receios de que a desvalorização do peso levaria o país à hiperinflação. A estabilidade de preços e a calma com que o mercado financeiro reagiu à abertura do "corralito" animaram o governo, e, ontem, o presidente Eduardo Duhalde chegou a afirmar que "a recessão acabou".
O governo argentino prevê que os índices de crescimento serão positivos nos dois últimos trimestres do ano. Caso a previsão se confirme, no ministério da Economia, afirma-se que, tecnicamente, a recessão terá chegado ao fim. Esse seria o terceiro trimestre consecutivo de crescimento do PIB. No segundo trimestre, o PIB cresceu 0,9% em relação aos três primeiros meses do ano.
Mesmo que os índices sejam positivos, como prevê o governo, faltará muito para que o país recupere o terreno perdido nos quatro anos de recessão. No período, o PIB caiu mais de 20%. Apenas neste ano, a economia argentina deve encolher 11%.
Os membros do governo estavam mais cautelosos nesta semana, principalmente porque havia o risco de que a Corte Suprema do país decretasse a inconstitucionalidade da pesificação - a medida que converteu para pesos dívidas, aplicações e depósitos bancários.


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